Economia

Entidades avaliam impacto de paralisações na economia

"A partir do momento que empresas são obrigadas a fechar as portas por causa da manifestação, isso acaba gerando um impacto negativo na produção”, diz Casaca


	Para o economista, até mesmo as manifestações que ocorrem no centro das cidades, que atingem principalmente os setores de comércio e serviços, acabam afetando as indústrias porque muitos produtos são escoados para venda nesses segmentos
 (CUT-SP)

Para o economista, até mesmo as manifestações que ocorrem no centro das cidades, que atingem principalmente os setores de comércio e serviços, acabam afetando as indústrias porque muitos produtos são escoados para venda nesses segmentos (CUT-SP)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 18h07.

Brasília – Apenas um dia de paralisações nas estradas de Minas Gerais podem trazer impactos negativos para as indústrias do estado, diz o economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Paulo Casaca.

A entidade ainda não fez um levantamento quantitativo do resultado do protestos durante o Dia Nacional de Luta para as empresas do estado, mas o economista afirma que a atividade econômica certamente será afetada.

“É evidente que esse movimento acaba gerando um impacto negativo na atividade econômica. A partir do momento que empresas são obrigadas a fechar as portas por causa da manifestação, isso acaba gerando um impacto negativo na produção”, ressalta Casaca.

Ele lembra que o impacto é maior especialmente nas indústrias que trabalham com sistemas de produção de 24 horas, nos quais não há intervalo na fabricação de produtos. “São 24 horas perdidas.”

Para o economista, até mesmo as manifestações que ocorrem no centro das cidades, que atingem principalmente os setores de comércio e serviços, acabam afetando as indústrias porque muitos produtos são escoados para venda nesses segmentos.

“Tem o impacto direto no setor produtivo, porque o trabalhador não vai trabalhar, muitas fábricas fecham no dia das manifestações, e também tem o impacto indireto, que é quando o setor de comércio e serviços fecha e acaba vendendo menos produtos industriais, o que acaba diminuindo a demanda da indústria”, explica Casaca.

No Rio Grande do Sul, estado onde foram registradas mais vias bloqueadas, a Federação das Indústrias (Fiergs) ainda não avaliou os impactos do movimento. A entidade divulgou nota ontem (10), na qual aponta que o direito de greve não pode interferir na liberdade dos trabalhadores.

“Os serviços essenciais devem ser mantidos, como saúde e transporte. Uma greve localizada no transporte coletivo, por exemplo, certamente provocará a paralisação forçada, na qual a adesão será apenas estatística, muito mais pelo impedimento de locomoção do que por eventual sintonia com as reivindicações", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, no comunicado da entidade.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não fez uma avaliação sobre o impacto dos movimentos de hoje no setor.

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