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Enquanto UE debate ajuda, indústria grega despenca

Atenas - A Grécia continuava resistindo à pressão do mercado para pedir a ajuda emergencial fornecida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgou nesta sexta-feira uma forte contração de sua indústria, apesar da recuperação global. Após um significativo movimento de vendas nesta semana por dúvidas sobre o pacote de ajuda ao país, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2010 às 09h19.

Atenas - A Grécia continuava resistindo à pressão do mercado para pedir a ajuda emergencial fornecida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgou nesta sexta-feira uma forte contração de sua indústria, apesar da recuperação global.

Após um significativo movimento de vendas nesta semana por dúvidas sobre o pacote de ajuda ao país, os mercados globais tomavam fôlego nesta sexta-feira, com as bolsas subindo, à espera de algum pronunciamento europeu em um momento em que as autoridades debatem os termos de empréstimos emergenciais.

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O prêmio de risco dos bônus de 10 da Grécia sobre os bônus do governo alemão diminuiu levemente e as ações bancárias gregas subiam 2,3 por cento após a queda de 6 por cento de quinta-feira.

"Estamos vendo uma correção após a pressão de venda de ontem. Há uma compra de bônus hoje", disse o tesoureiro de um grande banco grego.

"A questão é quão sustentável será essa recuperação", afirmou Nikos Galoussis, analista do Kappa Securities.

As notícias de que a produção industrial grega despencou 9,2 por cento em fevereiro sobre igual mês de 2009 e de que a inflação saltou para 3,9 por cento em março enfatizaram o turbulento cenário econômico no qual ocorre a crise fiscal do país.

Questionado por jornalistas após uma reunião com o primeiro-ministro, George Papandreou, se a Grécia quer a ativação do mecanismo, o ministro das Finanças do país, George Papaconstantinou, disse nesta sexta-feira que "não. Essa questão não foi levantada... estamos dizendo que a Grécia não pretende usar esse mecanismo".

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse em entrevista ao jornal italiano Il Sole 24 Ore que a Grécia não se encontra em um momento em que precisa de um pacote, descartando uma moratória.

Mas o economista-chefe europeu do Goldman Sachs, Erik Nielsen, disse em uma nota divulgada na quinta-feira que espera um programa de ajuda de 18 meses até o final de abril, com um valor entre 20 e 25 bilhões de euros, cofinanciado pela zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional.

Nesta manhã, o presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, disse ao jornal francês Le Monde que o bloco está pronto para ajudar se Atenas pedir.

Um porta-voz do Ministério das Finanças alemão afirmou que ninguém deve duvidar de que a zona do euro e o FMI ajudarão a Grécia se for necessário, mas que o país não pediu auxílio.

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