Economia

Enquanto Senado vota Previdência, Câmara discute a dos militares

O projeto aumenta para 35 anos o tempo mínimo para o militar ir para a reserva

Comissão Especial da Câmara: sessão foi suspensa no começo da noite, mas relator quer retomar sessão e votação ainda nesta terça (Vinicius Loures/Agência Câmara)

Comissão Especial da Câmara: sessão foi suspensa no começo da noite, mas relator quer retomar sessão e votação ainda nesta terça (Vinicius Loures/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de outubro de 2019 às 19h10.

Última atualização em 22 de outubro de 2019 às 19h15.

Brasília — Na tentativa de chegar a um acordo que garanta a votação da reforma da Previdência dos militares na Comissão Especial, o relator do texto, Vinícius Carvalho (Republicanos -SP), apresentou nesta terça-feira alterações no seu relatório reivindicadas por Estados e policiais militares.

Na casa ao lado, o Senado, parlamentares votam o texto da reforma da Previdência para o regime geral dos trabalhadores em segundo turno.

A sessão da Comissão Especial foi suspensa neste início de noite porque há sessão no plenário da Câmara. Uma sessão extraordinária foi convocada para depois do plenário para votar o texto. "Ânimo é votar ainda hoje", disse Carvalho.

A votação na comissão é terminativa, mas, como antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a oposição deverá apresentar um requerimento para que o texto vá a votação em plenário.

Uma das alterações é a previsão de que as alíquotas de contribuição previdenciária previstas no texto poderão ser alteradas a partir de 1º de janeiro de 2025 pelos entes federativos.

Foi incluída a previsão de que a alteração na alíquota, por lei ordinária, só poderá ser feita pela União também a partir dessa data, o que, segundo o deputado, foi feito para garantir a simetria nas regras.

Outra mudança foi a previsão de um "pedágio" mais suave para os militares de Estados em que a regra atual prevê a aposentadoria com 25 anos de serviço. De acordo Carvalho, isso vai beneficiar policiais militares de 15 Estados, principalmente mulheres.

O projeto aumenta para 35 anos o tempo mínimo para o militar ir para a reserva. Quem já está na carreira, no entanto, pagará um pedágio e deverá trabalhar 17% sobre o tempo que falta hoje para chegar aos 30 anos.

Para os Estados em que a regra é que os militares vão para a reserva com 25 anos, uma nova transição foi criada, como antecipou o Broadcast. O tempo subirá 4 meses a cada ano, até chegar a 30 anos.

Acompanhe tudo sobre:BrasilGoverno BolsonaroMilitaresReforma da Previdência

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor