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Empresas planejam greve contra políticas de Trump para imigração

A greve nacional pede que os estrangeiros fiquem em casa, evitem fazer compras e fechem seus negócios para demonstrar seu impacto na economia

Imigrantes: cerca de 8 milhões dos 11,1 milhões de imigrantes ilegais nos EUA participam na força de trabalho (Jim Urquhart/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 22h01.

Washington - Restaurantes, padarias e outros negócios pelos Estados Unidos fecharão nesta quinta-feira, quando milhares de trabalhadores nascidos fora do país participam de uma paralisação de um dia contra as políticas do presidente Donald Trump para a imigração.

Apelidada de "Dia Sem Imigrantes", a greve nacional pede que os estrangeiros fiquem em casa, evitem fazer compras e fechem seus negócios para demonstrar seu impacto na economia.

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Há a expectativa de que imigrantes por todo o país participem, segundo os organizadores e donos de empresas.

Na semana passada, agentes prenderam mais de 680 imigrantes sem visto nos EUA em uma operação em seis Estados do país. Trump promete reforçar as fronteiras e deportar imigrantes ilegais.

Além disso, a decisão do presidente de emitir um decreto que proibia temporariamente a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana gerou protestos nacionais. A medida foi suspensa pela Justiça e a disputa judicial no caso continua.

Cerca de 8 milhões dos 11,1 milhões de imigrantes ilegais nos EUA participam na força de trabalho.

Muitas vezes eles usam números falsos de Seguridade Social para garantir o emprego, o que faz deles uma prioridade para deixar o país pelos critérios definidos em decreto de 25 de janeiro de Trump.

O setor de restaurantes, com concentração maior de estrangeiros, deve ser o mais atingido pela paralisação desta quinta-feira.

Quase 25% dos trabalhadores de restaurantes dos EUA em 2016 nasceram no exterior, enquanto em todos os setores esse patamar é de 18,5%.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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