Economia

Empresário industrial está menos confiante, diz CNI

Segundo a Confederação Nacional da Indústria, os dados confirmam a preocupação dos executivos com a inflação

O ICEI tem como componentes as percepções sobre as condições atuais e as expectativas dos industriais a respeito da economia brasileira e da situação da empresa (Stock.xchng)

O ICEI tem como componentes as percepções sobre as condições atuais e as expectativas dos industriais a respeito da economia brasileira e da situação da empresa (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 12h37.

Brasília - O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) em julho ficou na marca de 57,9 pontos (o mesmo valor registrado em junho), informou hoje a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador situou-se, no entanto, 5,5 pontos abaixo do ICEI de 63,4 pontos de julho do ano passado. Para a CNI, o resultado indica que os empresários estão menos confiantes com a economia.

"Os dados confirmam que os empresários estão preocupados com os efeitos do aumento da inflação e das medidas de contenção do consumo sobre a economia e a produção das indústrias", afirma o economista da CNI Marcelo Souza Azevedo, em nota. O cálculo do ICEI começou a ser realizado em 1999 e o índice varia de zero a cem. A média histórica é de 59,6 pontos. Valores acima de 50 representam empresários confiantes. Abaixo de 50 pontos, indicam falta de confiança.

A CNI destaca que na comparação com o resultado de junho, o ICEI deste mês manteve-se estável para todos os portes, segmentos industriais e para a maioria dos setores da indústria de transformação. A confederação ressalta, entretanto, o aumento de 9,6 pontos no ICEI do setor da borracha (60,2 pontos, este mês, ante 50,6 no mês passado) e a queda de 5,5 pontos em outros equipamentos de transporte (55,1 pontos, este mês, ante 60,6 no mês passado). Nenhum dos setores de atividade pesquisados registrou ICEI abaixo de 50 pontos. O indicador mais baixo, com 52,2 pontos, foi registrado no segmento de madeira. Por região, o ICEI mais elevado (66,1) foi apurado no Norte; e o mais baixo (54,6), no Sul.

O ICEI tem como componentes as percepções sobre as condições atuais e as expectativas dos industriais a respeito da economia brasileira e da situação da empresa. O ICEI das condições atuais em relação à economia brasileira ficou em 45,4 pontos este mês, um pouco acima dos 44,9 pontos registrados no mês anterior, mas bastante abaixo dos 57,6 pontos de julho de 2010. "O baixo otimismo reflete a percepção de que as condições de negócios estão piorando em relação aos últimos seis meses", cita a CNI, na nota.

Os indicadores relativos ao futuro são mais positivos e estão acima da marca de 50 pontos, portanto na área do otimismo. O ICEI relativo às expectativas em relação à empresa marcou 65,6 pontos este mês, ante 65,1 pontos no mês passado, e 67,9 pontos em julho de 2010. O ICEI relativo à expectativa em relação à economia brasileira ficou em 57,3 pontos este mês, ante 57,4 pontos no mês passado, e 63,6 pontos em julho de 2010.

O ICEI de julho foi calculado com base nas entrevistas realizadas com 2.103 empresas entre 1º e 15 deste mês. Entre as indústrias entrevistadas, 1.127 são pequenas; 684 são médias e 292, grandes.

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