Economia

Empresa holandesa admite que violou embargo dos EUA

Ulrich Davis admitiu que facilitou entre 2007 e 2008 o envio ao Irã de várias cargas de produtos americanos sem a permissão necessária

Entre os produtos figuravam compostos químicos, lubrificantes, isolantes e outros elementos utilizados na indústria aeroespacial (Wikimedia Commons)

Entre os produtos figuravam compostos químicos, lubrificantes, isolantes e outros elementos utilizados na indústria aeroespacial (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 21h03.

Nova York - O executivo de uma empresa de transporte de carga holandesa se declarou culpado de violar o embargo contra os intercâmbios comerciais entre Estados Unidos e Irã, informou a Procuradoria Federal de Nova Jersey.

Ulrich Davis, de 50 anos e nacionalidade holandesa, admitiu nesta segunda-feira à juíza Claire Cecchi que facilitou entre 2007 e 2008 o envio ao Irã de várias cargas de produtos americanos sem a permissão necessária.

Davis, segundo a Procuradoria, administrou esses pedidos como responsável de vendas no país da companhia de transporte de carga Netherlands Freight Forwarding, que levava a Nova York e depois ao Irã artigos comprados por um intermediário em uma empresa de Nova Jersey.

Entre os produtos figuravam compostos químicos, lubrificantes, isolantes e outros elementos utilizados na indústria aeroespacial.

De acordo com a Procuradoria, Davis escreveu em janeiro de 2008 um e-mail ao intermediário no qual explicava que o Irã era 'um destino muito difícil' por razões políticas, mas que sua firma era capaz de tramitar os pedidos que outras empresas tinham deixado de fazer.

'Apesar dos riscos, sempre administramos bem suas encomendas', acrescentou o holandês na mensagem citada.

Davis violou assim o embargo comercial imposto pelos EUA ao Irã em 1995 e que proíbe os americanos de fornecer bens, serviços e tecnologia ao Irã ou a seu governo, um delito que acarreta até 20 anos de prisão neste país.

Sob os termos de sua regra extrajudicial, o holandês pode ser condenado no máximo a cinco anos de prisão e a pagar uma multa de até US$ 250 mil. A sentença será anunciada no próximo dia 15 de maio. 

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