Brasília - O Consórcio Marquise/Normatel, responsável pelas obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves - Confins - Belo Horizonte para a Copa do Mundo, notificou a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária ( Infraero ), que não renovará a contratação do serviço.
A Infraero confirmou o recebimento do documento, enviado no último dia 28.
De acordo com nota divulgada pelo consórcio, o contrato venceu no dia 30/08.
A não renovação se deve ao “acentuado desequilíbrio econômico-financeiro contratual”, que vem gerando prejuízos à empresa.
No texto, o consórcio diz que os danos foram causados por atrasos na entrega dos projetos para execução das obras e na liberação das frentes de trabalho, além da suspensão da reforma durante o período da Copa.
A paralisação para o Mundial resultou, segundo a empresa, na demissão de empregados, o que gerou prejuízos trabalhistas.
Segundo a Infraero, a situação será avaliada com a concessionária do aeroporto mineiro, a BH Airport. Juntas, vão “definir a melhor forma de dar continuidade aos trabalhos”, diz a resposta enviada pela empresa oficial de controle aeroportuário, que avalia ainda a possibilidade de aplicação de sanções contra o consórcio.
“Conforme previsto em contrato, essa atitude por parte do consórcio prevê a possibilidade de rescisão unilateral do contrato, com aplicação de multa e até penalidade de impedimento em licitar com a Infraero”, diz o texto. Cerca de 51% das obras foram entregues.
O contrato para a reforma em Confins foi prorrogado duas vezes com novas datas e valores.
O prazo inicial para a entrega era 30 de dezembro de 2013. A vigência do contrato vai até novembro deste ano.
- 1. Difícil pagar lanche para toda a família
1 /13(ClaraCardoso / Flickr / Creative Commons)
São Paulo – Um passageiro que esteja voando pela primeira vez no país pode levar um susto ao tomar um descompromissado café com leite no
Aeroporto Santos Dumont , no Rio de Janeiro: R$ 7,25. Se ele ficar indignado e decidir evitar o Santos Dumont, optando pelo
Galeão , vai ter que se contentar com uma porção de seis pequenos pães de queijo a R$ 7,70 neste segundo. Os
preços dos aeroportos de todo o país parecem caros para qualquer bolso: a prova é que os valores cobrados são hoje a maior fonte de insatisfação dos passageiros, mostrou
pesquisa da Secretaria da Aviação Civil divulgada nesta segunda. Os entrevistados tinham 41 indicadores para elogiar ou criticar, mas o mais mal avaliado foi o preço da comida. Não à toa, a
Proteste foi a campo em 14 aeroportos que receberão passageiros da Copa este ano para levantar quanto se paga para comer. A intenção, no entanto, não foi fiscalizar os altos preços, mas as chamadas lanchonetes populares, que se tornaram uma política da
Infraero desde 2012 e devem seguir os preços máximos estabelecidos pela estatal em 15 itens, tornando-se uma opção barata para os
consumidores . A Proteste encontrou dois problemas principais: alguns desses novos locais
não respeitavam os tetos em todos os produtos determinados, e para alguns alimentos não tabelados, os preços chegavam a ser
maiores que nas lanchonetes convencionais. A Proteste pede maior fiscalização da Infraero com relação aos locais populares, além de pedir a instalação desses estabelecimentos nos aeroportos de Cuiabá, Manaus e
Belo Horizonte , que ainda não os possuem. Apesar dos problemas, na maioria das vezes, os preços praticados são de fatos mais camaradas. O café com leite, citado no início deste texto, por exemplo, sai por R$ 2,60 em um desses estabelecimentos. Vale lembrar que os altos valores não são uma exclusividade dos aeroportos do Brasil e que costumam ser mais elevados também no exterior. Os comerciantes alegam ainda que precisam cobrar mais devido ao alto custo do
aluguel em terminais aeroportuários. Veja a seguir os preços praticados em bares e cafés convencionais de
aeroportos do país, e depois os valores das lanchonetes populares.
- 2. Suco natural com água
2 /13(Ramzi Hashisho / Stock Xchng/Divulgação)
Preço: R$ 8,00 Aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Preço na lanchonete popular: R$ 3,90
- 3. Leite (300 ml)
3 /13(Zsuzsanna Kilian / Stock Xchng)
Preço: R$ 4,80 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,20
- 4. Brigadeiro
4 /13(Rodrigo Senna / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 5,90 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,80
- 5. Misto-quente
5 /13(Wikimedia Commons)
Preço: R$ 10,00 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 4,90
- 6. Pão com manteiga
6 /13(Wagner Tamanaha / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 6,50 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,00 (não tabelado)
- 7. Cerveja nacional (lata)
7 /13(Quatro Rodas)
Preço: R$ 6,90 Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 8,75 (não tabelado) - mais caro
- 8. Cappuccino (médio)
8 /13(Getty Images)
Preço: R$ 6,00 Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,00 (não tabelado) - igual
- 9. Torta salgada (fatia)
9 /13(Conanil / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 8,25 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 9,90 (não tabelado) - mais caro
- 10. Brownies
10 /13(jeffreyw / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 4,50 Aeroporto de Congonhas (SP)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,75 (não tabelado) - mais caro
- 11. Empanadas
11 /13(Rebecca T. Caro / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 3,60 Aeroporto Galeão (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,50 (não tabelado) - mais caro
- 12. Fritas (porção)
12 /13(Ulrik De Wachter / Stock Xchng)
Preço: R$ 18,50 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 10,00 (não tabelado)
- 13. Agora, veja os aeroportos que mais deixam os passageiros em pé ao lado da esteira
13 /13(Infraero/Divulgação)