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"Empresa brasileira vive cenário de pesadelo", aponta Fitch

Na carteira brasileira, a Fitch atribuiu perspectiva negativa para 53% das empresas. Apenas 6% têm perspectiva positiva

Fitch: na carteira brasileira, a agência atribuiu perspectiva negativa para 53% das empresas. Apenas 6% têm perspectiva positiva (Brendan McDermid/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 09h59.

São Paulo - Num relatório intitulado "Carnaval, válvula de escape para a tristeza", a agência de classificação de risco Fitch Rating traça um cenário nebuloso para as empresas brasileiras.

Na avaliação da agência, que retirou o grau de investimento do Brasil no fim do ano passado, a continuidade dos riscos econômicos, fiscais e políticos, aliada à recente baixa dos preços das commodities, deve levar o rating (nota) das empresas nacionais ao grau especulativo.

Na carteira brasileira, a Fitch atribuiu perspectiva negativa para 53% das empresas. Apenas 6% têm perspectiva positiva.

"A combinação de demanda em queda, aumento do desemprego e inflação, taxas de juros altas, preços de commodities em baixa, volatilidade cambial e aperto no crédito criou um cenário de pesadelo para as empresas brasileiras."

Segundo o relatório da agência, assinado por quatro analistas, o fluxo de caixa das companhias neste ano deve cair para níveis inferiores aos verificados na última década.

A Fitch considera que apenas 19% das empresas emissoras de papéis, com ratings internacionais, têm forte capacidade de enfrentar os desafios de 2016 sem danos a seus perfis de crédito.

Para a agência de rating - segunda a rebaixar o Brasil, depois da Standard & Poor’s -, com a queda da geração de caixa e alavancagem em alta, o risco de refinanciamento deve subir.

"Apesar da pequena quantidade de títulos vencendo em 2016, será preciso sustentar posições de liquidez para arcar com as consideráveis dívidas com vencimento em 2017 e 2018."

Nos últimos anos, a relação entre endividamento e fluxo de caixa das empresas brasileiras cresceu de forma expressiva, segundo a agência. Em 2011, a média era de 3,3 vezes; em 2014 subiu para 3,6 vezes; e em 2015 estava em 4,1 vezes.

As maiores preocupações, segundo o relatório, são os setores com alto risco de crédito, como as empresas aéreas, de açúcar e etanol e de construção.

"Também há receio quanto aos segmentos de siderurgia e mineração por causa do baixo preço do ferro e às empresas de médio porte no setor de consumo devido às limitadas alternativas de captação e à falta de liquidez."

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São Paulo - Num relatório intitulado "Carnaval, válvula de escape para a tristeza", a agência de classificação de risco Fitch Rating traça um cenário nebuloso para as empresas brasileiras.

Na avaliação da agência, que retirou o grau de investimento do Brasil no fim do ano passado, a continuidade dos riscos econômicos, fiscais e políticos, aliada à recente baixa dos preços das commodities, deve levar o rating (nota) das empresas nacionais ao grau especulativo.

Na carteira brasileira, a Fitch atribuiu perspectiva negativa para 53% das empresas. Apenas 6% têm perspectiva positiva.

"A combinação de demanda em queda, aumento do desemprego e inflação, taxas de juros altas, preços de commodities em baixa, volatilidade cambial e aperto no crédito criou um cenário de pesadelo para as empresas brasileiras."

Segundo o relatório da agência, assinado por quatro analistas, o fluxo de caixa das companhias neste ano deve cair para níveis inferiores aos verificados na última década.

A Fitch considera que apenas 19% das empresas emissoras de papéis, com ratings internacionais, têm forte capacidade de enfrentar os desafios de 2016 sem danos a seus perfis de crédito.

Para a agência de rating - segunda a rebaixar o Brasil, depois da Standard & Poor’s -, com a queda da geração de caixa e alavancagem em alta, o risco de refinanciamento deve subir.

"Apesar da pequena quantidade de títulos vencendo em 2016, será preciso sustentar posições de liquidez para arcar com as consideráveis dívidas com vencimento em 2017 e 2018."

Nos últimos anos, a relação entre endividamento e fluxo de caixa das empresas brasileiras cresceu de forma expressiva, segundo a agência. Em 2011, a média era de 3,3 vezes; em 2014 subiu para 3,6 vezes; e em 2015 estava em 4,1 vezes.

As maiores preocupações, segundo o relatório, são os setores com alto risco de crédito, como as empresas aéreas, de açúcar e etanol e de construção.

"Também há receio quanto aos segmentos de siderurgia e mineração por causa do baixo preço do ferro e às empresas de médio porte no setor de consumo devido às limitadas alternativas de captação e à falta de liquidez."

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