Economia

Emprego na indústria cai 1,1% em um ano, diz IBGE

Os indicadores de emprego na indústria permaneceram negativos, em agosto, caindo 0,3% em relação a julho, 1,1% em relação a agosto do ano passado e 1,3% no acumulado do ano. De julho para agosto, o emprego caiu em nove dos 14 locais investigados e em oito dos 18 segmentos pesquisados. Nas diferentes comparações, os estados […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

Os indicadores de emprego na indústria permaneceram negativos, em agosto, caindo 0,3% em relação a julho, 1,1% em relação a agosto do ano passado e 1,3% no acumulado do ano. De julho para agosto, o emprego caiu em nove dos 14 locais investigados e em oito dos 18 segmentos pesquisados. Nas diferentes comparações, os estados da região Sudeste vêm diminuindo o número de postos de trabalho, enquanto que na análise setorial, o principal impacto negativo foi representado por máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações.

Na passagem de julho para agosto, as principais contribuições negativas vieram de São Paulo (-0,7%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Bahia (-2,3%). Por atividade industrial, os impactos mais importantes, em termos de participação, foram observados em outros produtos da indústria de transformação (-2,3%), fabricação de meios de transporte e têxtil (ambos com -1,5%) e fumo (-21,3%).

Ainda no mesmo indicador e na contramão da tendência geral, as áreas que aumentaram o emprego foram, principalmente, Norte e Centro-Oeste (1,4%), Pernambuco (4,4%) e Santa Catarina (1,0%), devendo-se o expressivo crescimento na indústria pernambucana ao setor de alimentos e bebidas (10,6%), que aumentou o número de empregados para o apontamento , fase anterior à moagem da cana-de açúcar. No que se refere às atividades no total do país, as que mais elevaram o nível de emprego foram as de vestuário (1,3%), refino de petróleo e produção de álcool (2,1%) e de alimentos e bebidas (0,2%).

Na comparação com agosto do ano passado, com queda de 1,1%, os principais impactos negativos foram verificados em São Paulo (-3,6%), Rio de Janeiro (-5,6%) e Bahia (-3,0%). Nestes locais, os setores que mais reduziram o número de pessoas empregadas foram os de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-20,0%) no caso de São Paulo, de vestuário (-11,8%) no Rio de Janeiro e de máquinas e aparelhos exceto os elétricos (-31,5%) na Bahia. Em contraposição, a região Norte e Centro-Oeste (4,5%) se destacou como a principal influência positiva, por conta dos segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (85,4%) e de alimentos e bebidas (5,7%), seguido por Santa Catarina (3,7%), beneficiado também por alimentos e bebidas (7,6%).

Em nível nacional, as principais atividades que pesaram na dispensa de trabalhadores foram as de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-13,2%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), produtos de metal (-4,6%) e fabricação de meios de transporte (-3,8%).

No acumulado do ano, o emprego industrial apresentou redução de 1,3%, reflexo das quedas em seis regiões e em 15 segmentos industriais. No total do país, os destaques negativos foram principalmente observados em máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-12,9%) e madeira (-6,7%), enquanto que, no corte regional, os estados de São Paulo (-3,1%) e Rio de Janeiro (-6,0%) responderam pelas principais contribuições negativas. No parque paulista, a principal pressão negativa foi exercida por máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-18,6%) e no Rio de Janeiro, por papel e gráfica (-14,9%).

Salários

O setor industrial volta, em agosto, a reduzir o valor da folha de pagamento, em nível nacional, na comparação com o mês anterior, com recuo de 1,6%. A redução de maior impacto na formação da taxa global ocorreu na região Sudeste (-1,8%) refletindo, sobretudo, o recuo observado em São Paulo (-2,0%), vindo, em seguida a região Sul (-1,8%), com destaque para a queda no Rio Grande do Sul(-4,0%).

No total do país, há decréscimo na folha de pagamento em 14 dos 18 setores pesquisados. As maiores quedas são registradas nos ramos de fumo (-17,0%) e de meios de transporte (-4,5%), e os aumentos mais expressivos nas indústrias extrativas (4,6%) e do vestuário (2,2%).

Nos demais confrontos também há redução: -2,0% em relação a agosto do ano passado e -2,4% no acumulado no ano.

O número total das horas pagas pelo setor industrial se reduz 0,2% na passagem de julho para agosto. Nos demais confrontos os resultados também são negativos: -1,5% frente a agosto de 2001 e -1,9% no acumulado para o período de janeiro-agosto. A jornada média de trabalho mostra crescimento nulo na comparação com o mês anterior, mas também mostra decréscimos nos indicadores acumulados: -0,4% no acumulado do ano e -0,6% nos últimos 12 meses.

O confronto com agosto do ano passado mostra recuo pela oitava vez consecutiva no ano (-1,5%). Registra-se um predomínio de variações negativas no total de horas pagas na indústria, que alcança 15 dos 18 setores investigados. Em nível regional, a maioria dos locais registra taxas positivas (nove das 14 regiões), onde se destaca a região Norte e Centro-Oeste (5,2%), porém a redução observada em São Paulo (-4,3%), pelo seu peso no total da indústria nacional, foi determinante na formação da taxa global negativa.

Segundo o indicador acumulado no ano há reduções no número de horas pagas em 15 ramos investigados. Também nesse confronto, a indústria de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações, com recuo de -13,6%, é a que mais pressiona negativamente o resultado global (-1,9%), seguida por madeira (-8,2%) e fabricação de meios de transporte (-5,3%).

O mês de agosto sinaliza ligeira redução em relação a julho, acompanhando o movimento apontado pelo nível do emprego na mesma comparação.

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