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Em um mês, aço sobe cerca de 25% para distribuidores

Procurados, representantes da CSN e da ArcelorMittal afirmaram que as empresas não se manifestam sobre preços praticados

Siderúrgica: a empresa já havia informado no final de março reajuste de preços em abril de 10% (oug Kanter/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 15h01.

São Paulo - As produtoras de aço plano do Brasil estão avisando que promoverão no começo de maio uma nova rodada de aumento de preços a distribuidores de dimensão semelhante ao já aplicado em abril, selando uma majoração de cerca de 25% em um mês, informou nesta terça-feira a entidade que representa a distribuição, Inda.

"A ArcelorMittal já comunicou distribuidores sobre reajuste de 12% nos preços de maio e CSN e Usiminas devem aumentar acima de 10%", disse nesta terça-feira o presidente do Inda, Carlos Loureiro, após ter afirmado que um aumento de nível similar já aconteceu neste mês.

Segundo o executivo, as siderúrgicas estão acompanhando a reação dos preços internacionais dos metais, especialmente na China e nos Estados Unidos, nas últimas semanas, incluindo minério de ferro, sucata e carvão.

De acordo com Loureiro, o aumento do preço do aço tende a ser repassado integralmente aos clientes dos distribuidores, mesmo diante do quadro de forte recessão econômica.

"O consumo de aço é bastante inelástico, não deve ter grande impacto na demanda", disse Loureiro, explicando que produtoras e distribuidores devem aproveitar o momento para tentar recompor margens, que têm sido negativas.

Uma fonte a par do assunto afirmou à Reuters que a Usiminas planeja aplicar um aumento de preços de 14% no começo de maio aos distribuidores e que a empresa já começou negociações junto a clientes industriais para reajuste de 10 a 11% também a partir de maio.

A empresa já havia informado no final de março reajuste de preços em abril de 10%.

Procurados, representantes da CSN e da ArcelorMittal afirmaram que as empresas não se manifestam sobre preços praticados.

As ações do setor siderúrgico engrenavam forte alta no início da tarde desta terça-feira, com Usiminas liderando o movimento, com valorização de 10%, enquanto a CSN vinha na sequência, com ganho de 9,4%. Já a ação da Gerdau , que está investindo no segmento de aços planos, subia 8%.

Trimestre

Na manhã desta terça-feira, a Inda afirmou que as vendas de aços planos pelos distribuidores em março atingiram 242,9 mil toneladas, uma queda de 5% ante mesma etapa de 2015. Na base sequencial, porém, o número representou aumento de 20%.

No primeiro trimestre, as vendas caíram 13% na comparação anual, puxadas pelas chapas grossas, com recuo de 37,4%.

A expectativa da entidade é de que as vendas deste mês sejam cerca de 7% menores do que em março.

O volume de estoques fechou março em 906,8 mil toneladas, estável sobre o mês anterior, mas uma retração de 16,8% ante um ano antes.

A previsão da Inda é que, influenciada pela forte alta do dólar nos últimos meses, a balança comercial do aço seja superavitária para o Brasil em 2016, o primeiro saldo positivo em sete anos.

O número, apoiado numa previsão de queda de 28% das importações e de alta de 21% das vendas ao exterior, considera o comércio de produtos que usam aço na fabricação, como automóveis e eletrodomésticos.

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São Paulo - As produtoras de aço plano do Brasil estão avisando que promoverão no começo de maio uma nova rodada de aumento de preços a distribuidores de dimensão semelhante ao já aplicado em abril, selando uma majoração de cerca de 25% em um mês, informou nesta terça-feira a entidade que representa a distribuição, Inda.

"A ArcelorMittal já comunicou distribuidores sobre reajuste de 12% nos preços de maio e CSN e Usiminas devem aumentar acima de 10%", disse nesta terça-feira o presidente do Inda, Carlos Loureiro, após ter afirmado que um aumento de nível similar já aconteceu neste mês.

Segundo o executivo, as siderúrgicas estão acompanhando a reação dos preços internacionais dos metais, especialmente na China e nos Estados Unidos, nas últimas semanas, incluindo minério de ferro, sucata e carvão.

De acordo com Loureiro, o aumento do preço do aço tende a ser repassado integralmente aos clientes dos distribuidores, mesmo diante do quadro de forte recessão econômica.

"O consumo de aço é bastante inelástico, não deve ter grande impacto na demanda", disse Loureiro, explicando que produtoras e distribuidores devem aproveitar o momento para tentar recompor margens, que têm sido negativas.

Uma fonte a par do assunto afirmou à Reuters que a Usiminas planeja aplicar um aumento de preços de 14% no começo de maio aos distribuidores e que a empresa já começou negociações junto a clientes industriais para reajuste de 10 a 11% também a partir de maio.

A empresa já havia informado no final de março reajuste de preços em abril de 10%.

Procurados, representantes da CSN e da ArcelorMittal afirmaram que as empresas não se manifestam sobre preços praticados.

As ações do setor siderúrgico engrenavam forte alta no início da tarde desta terça-feira, com Usiminas liderando o movimento, com valorização de 10%, enquanto a CSN vinha na sequência, com ganho de 9,4%. Já a ação da Gerdau , que está investindo no segmento de aços planos, subia 8%.

Trimestre

Na manhã desta terça-feira, a Inda afirmou que as vendas de aços planos pelos distribuidores em março atingiram 242,9 mil toneladas, uma queda de 5% ante mesma etapa de 2015. Na base sequencial, porém, o número representou aumento de 20%.

No primeiro trimestre, as vendas caíram 13% na comparação anual, puxadas pelas chapas grossas, com recuo de 37,4%.

A expectativa da entidade é de que as vendas deste mês sejam cerca de 7% menores do que em março.

O volume de estoques fechou março em 906,8 mil toneladas, estável sobre o mês anterior, mas uma retração de 16,8% ante um ano antes.

A previsão da Inda é que, influenciada pela forte alta do dólar nos últimos meses, a balança comercial do aço seja superavitária para o Brasil em 2016, o primeiro saldo positivo em sete anos.

O número, apoiado numa previsão de queda de 28% das importações e de alta de 21% das vendas ao exterior, considera o comércio de produtos que usam aço na fabricação, como automóveis e eletrodomésticos.

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