Economia

Em fevereiro, indústria tem maior geração de emprego em 7 anos

Segundo o Índice de Gerentes de Compras, a indústria brasileira acelerou a 53,2 no mês passado, sobre 51,2 em janeiro

Trabalhadores da indústria (Reprodução/Agência Brasil)

Trabalhadores da indústria (Reprodução/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2018 às 11h21.

São Paulo - A demanda interna aumentou e levou a uma recuperação no volume de novos pedidos na indústria do Brasil em fevereiro, garantindo o ritmo mais rápido de criação de empregos no setor em sete anos, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira.

O PMI da indústria brasileira acelerou a 53,2 no mês passado, sobre 51,2 em janeiro, informou o IHS Markit, mostrando aceleração do crescimento ao permanecer acima da marca de 50 que separa expansão de contração pelo sétimo mês seguido.

"A leitura do PMI foi uma das mais fortes dos últimos cinco anos, e a clara virada na contratação de funcionários dá uma indicação de que a recuperação da indústria se tornou mais enraizada", afirmou o diretor associado do IHS Markit, Tim Moore, em nota.

A taxa de crescimento da produção acelerou graças a expectativas de recuperação sustentada na demanda dos clientes e à maior entrada de novos pedidos em três meses. O destaque foi o mercado interno, uma vez que o volume de pedidos para exportação caiu pelo segundo mês consecutivo, ainda que de forma modesta.

O otimismo mais forte sustentou planos de contratação de pessoal na indústria brasileira, no ritmo mais forte desde março de 2011, sendo que há cinco meses a indústria vem registrando aumento no número de funcionários.

"A reversão nos números de emprego sugere que as empresasestão ficando confiantes o suficiente para buscar impulso a longo prazo para seus cronogramas de produção", completou Moore.

O PMI mostrou ainda que o aumento nos custos do aço pressionou em fevereiro e a inflação de insumos permaneceu muito acima da média observada desde o início da pesquisa em 2006. Ainda assim, o aumento dos preços foi o mais fraco desde outubro de 2017.

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