Eletroeletrônico deve sofrer retração de 5% em 2003, diz Abinee

A indústria eletroeletrônica brasileira fechou o primeiro semestre com uma retração real (já descontada a inflação) de 10% em seu faturamento. De acordo com balanço feito pela Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), o resultado negativo foi maior no segundo trimestre, que registrou queda de 15% nas receitas, contra uma retração de 4% nos três primeiros meses do ano. Com isso, o setor espera fechar o ano com uma queda real de 5%.

Os fornecedores de equipamentos de para o setor de energia elétrica puxaram a retração do período. Atuantes nos segmentos de geração, transmissão e distribuição, estas indústrias tiveram queda real de 34% no faturamento nos seis primeiros meses do ano.

As áreas de telecomunicações, utilidades domésticas e material de instalação tiveram perdas de 13%. Apenas o setor de componentes conseguiu ficar no azul, com um crescimento de 8%.

Em relação às exportações, as vendas cresceram 6,7%, para 2,16 bilhões de dólares, no primeiro semestre. As importações caíram 2,5%, para 4,58 bilhões. Para 2003, a Abinee espera 9% de crescimento nas vendas (chegando a um total de 4,75 bilhões de dólares), e recuo de 3% nas importações (para 9,82 bilhões). O déficit esperado para 2003 é de 5,1 bilhões.