Economistas reduzem estimativa para PIB deste ano a 1,44%
Economistas de instituições passaram a ver que o Produto Interno Bruto crescerá 1,44%, contra 1,50% anteriormente
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2014 às 09h47.
São Paulo - Economistas de instituições financeiras pioraram o cenário para o crescimento da economia em 2014, ao mesmo tempo em que mantiveram a perspectiva de que o Banco Central não voltará a elevar a Selic este ano.
Na pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, os agentes econômicos reduziram a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a 1,44 por cento, 0,06 ponto percentual a menos do que na semana anterior.
Ao mesmo tempo, pioraram bastante a estimativa de expansão da indústria, para 0,96 por cento, ante 1,24 por cento na semana anterior. Esse setor iniciou o segundo trimestre ainda mostrando contração, com recuo de 0,3 por cento em abril, indicando que a atividade econômica do país terá dificuldade para se recuperar.
No primeiro trimestre, o PIB brasileiro cresceu apenas 0,2 por cento na comparação com os últimos três meses do ano passado, quando a expansão foi de 0,4 por cento.
Na semana passada, o BC informou que vê menos crescimento econômico neste ano, e ao mesmo tempo reduziu as expectativas de inflação em 2014 e 2015, através da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (COpom) em que manteve a Selic em 11 por cento ao ano.
INFLAÇÃO No Focus, os economistas mantiveram a projeção para o IPCA este ano em 6,47 por cento e ajustaram a perspectiva para 2015 em 0,02 ponto percentual a mais, para 6,03 por cento. Nos próximos 12 meses, a estimativa permaneceu em 6,01 por cento.
Já o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, não vê mais a inflação estourando este ano o teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
A estimativa agora é de que o IPCA encerre 2014 a 6,30 por cento, contra 6,60 por cento na pesquisa anterior.Em maio, o IPCA desacelerou a 0,46 por cento, dando força às expectativas de que o BC não deve voltar a elevar os juros tão cedo num cenário também de atividade fraca, o que já havia sido apontado na ata.
Os economistas consultados pelo BC também deixaram inalterada a perspectiva de que a Selic não voltará a ser elevada este ano, encerrando 2014 no atual patamar de 11,00 por cento.
Novo movimento de aperto monetário, para eles, ocorrerá apenas no ano que vem, em janeiro, de 0,50 ponto percentual, inalterado sobre a pesquisa anterior. Para 2015 também foi mantida a perspectiva de que a taxa básica de juros terminará a 12,0 por cento.
Por sua vez, o Top 5 de médio prazo vê a taxa básica de juros a 11,25 por cento neste ano, projeção inalterada. Mas reduziu a perspectiva para 2015 a 11,63 por cento, sobre 12,50 por cento.
Atualizado às 9h47
São Paulo - Economistas de instituições financeiras pioraram o cenário para o crescimento da economia em 2014, ao mesmo tempo em que mantiveram a perspectiva de que o Banco Central não voltará a elevar a Selic este ano.
Na pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, os agentes econômicos reduziram a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a 1,44 por cento, 0,06 ponto percentual a menos do que na semana anterior.
Ao mesmo tempo, pioraram bastante a estimativa de expansão da indústria, para 0,96 por cento, ante 1,24 por cento na semana anterior. Esse setor iniciou o segundo trimestre ainda mostrando contração, com recuo de 0,3 por cento em abril, indicando que a atividade econômica do país terá dificuldade para se recuperar.
No primeiro trimestre, o PIB brasileiro cresceu apenas 0,2 por cento na comparação com os últimos três meses do ano passado, quando a expansão foi de 0,4 por cento.
Na semana passada, o BC informou que vê menos crescimento econômico neste ano, e ao mesmo tempo reduziu as expectativas de inflação em 2014 e 2015, através da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (COpom) em que manteve a Selic em 11 por cento ao ano.
INFLAÇÃO No Focus, os economistas mantiveram a projeção para o IPCA este ano em 6,47 por cento e ajustaram a perspectiva para 2015 em 0,02 ponto percentual a mais, para 6,03 por cento. Nos próximos 12 meses, a estimativa permaneceu em 6,01 por cento.
Já o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, não vê mais a inflação estourando este ano o teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
A estimativa agora é de que o IPCA encerre 2014 a 6,30 por cento, contra 6,60 por cento na pesquisa anterior.Em maio, o IPCA desacelerou a 0,46 por cento, dando força às expectativas de que o BC não deve voltar a elevar os juros tão cedo num cenário também de atividade fraca, o que já havia sido apontado na ata.
Os economistas consultados pelo BC também deixaram inalterada a perspectiva de que a Selic não voltará a ser elevada este ano, encerrando 2014 no atual patamar de 11,00 por cento.
Novo movimento de aperto monetário, para eles, ocorrerá apenas no ano que vem, em janeiro, de 0,50 ponto percentual, inalterado sobre a pesquisa anterior. Para 2015 também foi mantida a perspectiva de que a taxa básica de juros terminará a 12,0 por cento.
Por sua vez, o Top 5 de médio prazo vê a taxa básica de juros a 11,25 por cento neste ano, projeção inalterada. Mas reduziu a perspectiva para 2015 a 11,63 por cento, sobre 12,50 por cento.
Atualizado às 9h47