Banco Central: previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi elevada a 2,40 por cento, ante 2,35 por cento na pesquisa anterior (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h04.
São Paulo - Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva para a Selic neste ano e no próximo, ao mesmo tempo em que elevaram a projeção para o crescimento da economia em 2013, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Do lado dos juros, a mediana das projeções dos analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostra que a expectativa para a taxa básica Selic, atualmente em 9 por cento ao ano, é de que encerre 2013 e 2014 a 9,75 por cento.
Para a reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), a perspectiva é de nova alta de 0,5 ponto percentual. A última reunião deste ano ocorre em novembro.
Por outro lado, a mediana das estimativas do Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, indica um aperto monetário ainda maior. A projeção para este ano e para 2014 é que a Selic fique em 10 por cento, inalterado ante a pesquisa anterior.
Crescimento
Já para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a projeção para 2013 foi elevada pela terceira vez seguida, a 2,40 por cento, ante 2,35 por cento na pesquisa anterior. Mas para 2014 houve redução da expectativa a 2,22 por cento, ante 2,28 por cento.
A atividade econômica brasileira iniciou o terceiro trimestre com contração de 0,33 por cento em julho, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC. Apesar do recuo, como a queda foi menor que as expectativas, ela pode ser um indicativo de que é possível que seja evitada a desaceleração na magnitude prevista por alguns analistas para o período.
Em relação à inflação, os economistas consultados no Focus deixaram inalterada a projeção para este ano em 5,82 por cento, segundo a mediana das projeções. Para os próximos 12 meses, entretanto, houve elevação pela 11ª semana seguida, a 6,21 por cento, ante 6,13 por cento.
De olho no impacto da valorização recente do dólar sobre os preços, o mercado aguarda na sexta-feira a divulgação dos dados de setembro do IPCA-15. No Focus, os economistas baixaram ligeiramente a expectativa para o dólar no final deste ano a 2,35 reais, ante 2,36 reais.
Atualizado às 9h37