Economia

Economia volta a dar sinais de recuperação, diz ministro

No acumulado do ano até maio, o Caged mostrou abertura de 48,5 mil vagas, um número melhor do que em igual período de 2016

Ronaldo Nogueira: o ministro afirmou que o governo trabalha para manter a tendência de alta no emprego (Lúcio Bernardo JR/Agência Câmara)

Ronaldo Nogueira: o ministro afirmou que o governo trabalha para manter a tendência de alta no emprego (Lúcio Bernardo JR/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2017 às 17h02.

Brasília - A geração de mais de 34 mil vagas formais de emprego no mês de maio reforça a percepção de retomada da atividade, avaliou nesta terça-feira, 20, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

"Podemos constatar que economia volta a dar sinais de recuperação, e a geração de empregos é um indicador que mostra isso", disse.

O ministro afirmou ainda que o governo trabalha para manter a tendência de alta no emprego e ressaltou que, dos cinco primeiros meses do ano, houve resultado positivo em três (fevereiro, abril e maio).

Mas Nogueira reconheceu que projetar agora um saldo positivo para o ano é prematuro. "Gostaria de garantir isso (que o ano terminará com geração de emprego), mas não posso garantir", admitiu.

No acumulado do ano até maio, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou abertura de 48,5 mil vagas, um número melhor do que em igual período de 2016 (-448.011) ou de 2015 (-243.948).

"Dá pra comemorar isso, é sinal de que economia se estabiliza, emprego volta a dar sinais de recuperação", destacou Nogueira.

Em maio, quatro dos oito principais setores da economia geraram vagas.

"Acreditamos que a economia se consolida mês a mês, e os setores vêm apresentando sinais de recuperação. Mesmo aqueles que apresentaram resultados negativos, na comparação com o mesmo período de 2016 e 2015, os números são menores", afirmou o ministro.

O coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, lembrou que o desempenho de setores como indústria de transformação (que gerou 1,4 mil vagas) e serviços (que abriu quase 2 mil postos) está "condizente" com a sazonalidade do período, bem como a geração de 46 mil vagas na agricultura, também verificada em meses de maio de anos anteriores.

Daqui para frente, a tendência é que o saldo total oscile até atingir o pico do emprego, entre os meses de setembro e outubro.

Mas o técnico também ponderou que é difícil fazer projeções para o desempenho do mercado de trabalho no ano. "O mercado de trabalho é caixinha de surpresas, não temos como ter certeza dos próximos resultados", disse.

 

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