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Economia dos EUA ainda enfrenta problemas, diz Bernanke

Dallas - O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse nesta quarta-feira (7) que a economia dos Estados Unidos ainda enfrenta obstáculos significativos, incluindo um setor imobiliário que ainda tem de se recuperar de forma convincente e um mercado de trabalho abatido. Num discurso sugerindo que o chairman do banco central norte-americano não está com […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Dallas - O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse nesta quarta-feira (7) que a economia dos Estados Unidos ainda enfrenta obstáculos significativos, incluindo um setor imobiliário que ainda tem de se recuperar de forma convincente e um mercado de trabalho abatido.

Num discurso sugerindo que o chairman do banco central norte-americano não está com pressa para começar a elevar as taxas de juros, Bernanke ressaltou uma série de desafios para as perspectivas de crescimento econômico do país.

"Muitos norte-americanos ainda estão presos ao desemprego ou à execução de hipotecas, ou a ambos", afirmou Bernanke em texto preparado para a Câmara Regional de Comércio de Dallas. "Estamos longe de estarmos sem problemas."

Em particular, Bernanke destacou a contínua fraqueza no setor imobiliário como um perigo para a recuperação. Contudo, ele disse que a retomada seria sustentável o suficiente para reduzir levemente a taxa de desemprego com o tempo.

"Ainda temos que ter evidências de uma recuperação sustentável no mercado imobiliário", afirmou.

Diante desse cenário, o chairman do Fed não vê razão imediata para se preocupar com a inflação, classificada por ele como "bem controlada". Bernanke acrescentou que as expectativas inflacionárias, elemento considerado pelas autoridades do Fed um norte crucial para a definição da política monetária, parecem estar estáveis, tanto nos indicadores do mercado quanto nas pesquisas.


 

Em resposta à pior crise financeira desde a Grande Depressão, o Federal Reserve cortou a taxa básica de juros para perto de zero e executou um conjunto de medidas emergenciais num esforço para descongelar os paralisados mercados de crédito.

Alguns investidores estão apostando que o banco central dos EUA poderia começar a apertar a política monetária no segundo semestre deste ano, mas outros acreditam que a insistente fragilidade da economia fará o Fed não mexer no juro pelo menos até 2011

Bernanke disse que a capacidade do BC norte-americano de evitar crises futuras vai depender em parte do desenvolvimento de uma autoridade de resolução que permita aos reguladores deixar quebrar ou fechar, de maneira ordenada, grandes instituições financeiras que tendem a apresentar problemas.

Ele afirmou ainda que o Fed já havia realizado mudanças importantes em seu caminho regulatório com o objetivo de refletir lições aprendidas com a crise.

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