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Economia está pior do que eu imaginava, diz Meirelles

A economia está em pior situação do que imaginava antes de assumir o Ministério da Fazenda, disse Meirelles em entrevista

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda do governo provisório: “eu encontro nos números uma situação pior do que esperava” (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 13h30.

A economia está em pior situação do que imaginava antes de assumir o Ministério da Fazenda , há uma semana, disse Henrique Meirelles , em entrevista à Bloomberg.

“Eu encontro nos números uma situação pior do que esperava”, disse ele em seu gabinete em Brasília, referindo-se em grande parte ao orçamento federal.

Contudo, o governo interino liderado por Michel Temer está em melhor posição para conseguir a aprovação de medidas econômicas no Congresso do que o de Dilma Rousseff, disse Meirelles, acrescentando que os brasileiros atualmente estão mais conscientes de que será preciso fazer sacrifícios para o crescimento retornar. “O governo mudou, assim como a disposição do Congresso e mesmo a capacidade de negociação do próprio governo”, disse ele.

Meirelles, 70, disse em várias oportunidades que o reforço das contas públicas e a contenção do aumento da dívida pública são prioritários para reconstruir a confiança na economia, golpeada pela recessão.

Sua equipe econômica está elaborando uma proposta de reforma da Previdência e um membro do governo disse no início desta semana que ativos estatais poderão ser vendidos para levantar recursos.

O gabinete de Temer também está tentando renegociar as dívidas dos estados antes de o Supremo Tribunal Federal se posicionar a respeito. Uma decisão judicial para que os estados paguem juros simples em vez de compostos privaria o governo federal de um total estimado em R$ 402 bilhões (US$ 113 bilhões) em receitas, segundo algumas estimativas.

Michel Temer foi empossado como presidente interino do Brasil na semana passada, depois que o Senado afastou Dilma Rousseff temporariamente do cargo para submetê-la a um julgamento de impeachment.

Ele incumbiu Henrique Meirelles, o ex-presidente do Banco Central conhecido por ter domado a inflação, de recolocar nos trilhos uma economia que perdeu seu status de grau de investimento no ano passado em meio a um déficit orçamentário recorde.

A equipe de Meirelles anunciará sua meta orçamentária para 2016 na segunda-feira e a expectativa é que mostre déficit primário em vez do superávit buscado pelo governo anterior. O senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, disse na quinta-feira que o déficit está em torno de R$ 200 bilhões.

O governo aposta que o Congresso agirá rapidamente sobre suas propostas se compreender a verdadeira dimensão do rombo orçamentário.

“A população tem expectativa de resultado, não há dúvida”, disse Meirelles.

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A economia está em pior situação do que imaginava antes de assumir o Ministério da Fazenda , há uma semana, disse Henrique Meirelles , em entrevista à Bloomberg.

“Eu encontro nos números uma situação pior do que esperava”, disse ele em seu gabinete em Brasília, referindo-se em grande parte ao orçamento federal.

Contudo, o governo interino liderado por Michel Temer está em melhor posição para conseguir a aprovação de medidas econômicas no Congresso do que o de Dilma Rousseff, disse Meirelles, acrescentando que os brasileiros atualmente estão mais conscientes de que será preciso fazer sacrifícios para o crescimento retornar. “O governo mudou, assim como a disposição do Congresso e mesmo a capacidade de negociação do próprio governo”, disse ele.

Meirelles, 70, disse em várias oportunidades que o reforço das contas públicas e a contenção do aumento da dívida pública são prioritários para reconstruir a confiança na economia, golpeada pela recessão.

Sua equipe econômica está elaborando uma proposta de reforma da Previdência e um membro do governo disse no início desta semana que ativos estatais poderão ser vendidos para levantar recursos.

O gabinete de Temer também está tentando renegociar as dívidas dos estados antes de o Supremo Tribunal Federal se posicionar a respeito. Uma decisão judicial para que os estados paguem juros simples em vez de compostos privaria o governo federal de um total estimado em R$ 402 bilhões (US$ 113 bilhões) em receitas, segundo algumas estimativas.

Michel Temer foi empossado como presidente interino do Brasil na semana passada, depois que o Senado afastou Dilma Rousseff temporariamente do cargo para submetê-la a um julgamento de impeachment.

Ele incumbiu Henrique Meirelles, o ex-presidente do Banco Central conhecido por ter domado a inflação, de recolocar nos trilhos uma economia que perdeu seu status de grau de investimento no ano passado em meio a um déficit orçamentário recorde.

A equipe de Meirelles anunciará sua meta orçamentária para 2016 na segunda-feira e a expectativa é que mostre déficit primário em vez do superávit buscado pelo governo anterior. O senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, disse na quinta-feira que o déficit está em torno de R$ 200 bilhões.

O governo aposta que o Congresso agirá rapidamente sobre suas propostas se compreender a verdadeira dimensão do rombo orçamentário.

“A população tem expectativa de resultado, não há dúvida”, disse Meirelles.

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