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Na esteira da recuperação, os pedidos de auxílio-desemprego caíram na semana passada (Thomas White/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 29 de abril de 2021 às 10h57.
O crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou no primeiro trimestre, alimentado pela forte ajuda do governo a famílias e empresas, abrindo caminho para o que é esperado que seja este ano o desempenho mais forte em quase quatro décadas.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 6,4% no trimestre passado, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira, 29. Foi o segundo ritmo mais forte desde o terceiro trimestre de 2003.
Economistas consultados pela Reuters projetavam alta do PIB de 6,1% no período de janeiro a março.
A taxa anualizada corresponde à variação do PIB se esse percentual de crescimento ou queda for mantido por um ano inteiro.
A economia dos Estados Unidos está se recuperando mais rapidamente em comparação com seus rivais globais, graças a duas levas adicionais de auxílio na pandemia pelo governo, além do alívio da ansiedade em torno da covid-19, o que impulsionou a demanda doméstica e permitiu que estabelecimentos como restaurantes e bares reabrissem.
Ainda assim, a economia permanece a pelo menos dois anos de uma recuperação completa da recessão pela pandemia, que começou em fevereiro de 2020.
Outro relatório do Departamento do Trabalho mostrou nesta quinta que 553 mil pessoas entraram com pedidos de auxílio-desemprego durante a semana encerrada em 24 de abril, contra 566 mil no período anterior.
Embora os pedidos iniciais tenham caído de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, o número permanece bem acima da faixa de 200 mil a 250 mil considerada consistente com um mercado de trabalho saudável.
A economia continuou a avançar no início do segundo trimestre, com a confiança dos consumidores saltando para uma máxima de 14 meses em abril, graças ao estímulo fiscal e à expansão do programa de vacinação contra a covid-19 para todos os norte-americanos adultos.
Muitos economistas projetam que a economia vai se recuperar totalmente da recessão no final de 2023. Eles preveem que o crescimento este ano pode superar 7%, o que seria o ritmo mais forte desde 1984. A economia contraiu 3,5% em 2020, pior desempenho em 74 anos.
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