Uruguai: entre os setores que registraram quedas no nível de atividade se encontram a construção, que caiu 3,9% e comércio, reparos, restaurantes e hotéis, que teve queda de 1,6% (Matt Rubens/Wikimedia Commons)
EFE
Publicado em 23 de março de 2017 às 21h49.
Montevidéu - A economia do Uruguai acumulou um crescimento de 1,5% durante 2016 com relação ao ano anterior, quando registrou uma expansão de 1%, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central do Uruguai (BCU).
O documento destaca que a atividade econômica começou a se recuperar a partir do segundo trimestre de 2016 e que foi observado um maior dinamismo no quarto, quando o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou uma taxa de crescimento anualizada de 3,4%.
A expansão da economia se explica pelas taxas anuais positivas na maioria dos setores, com destaque para o crescimento em transporte, armazenamento e comunicações (6,5%) e no fornecimento de eletricidade, gás e água (15,6%) em relação ao ano anterior.
Por outro lado, entre os setores que registraram quedas no nível de atividade se encontram a construção, que caiu 3,9% e comércio, reparos, restaurantes e hotéis, que teve queda de 1,6%.
Do ponto de vista dos gastos, o consumo final apresentou um aumento de 0,8% enquanto "a formação de capital bruto em 2016 foi 0,7% superior à do ano anterior, devido ao crescimento da formação bruta de capital fixo (0,9%)", segundo o relatório.
Atendendo ao setor investidor, o aumento na formação bruta de capital fixo respondeu ao aumento do investimento público, enquanto no setor privado se observou uma diminuição nesta variável pelo menor investimento em obras de construção e em maquinaria e equipamento, "que foi parcialmente compensada pelas despesas de investimento na exploração de hidrocarbonetos".
Já as exportações de bens e serviços apresentaram, na comparação anualizada, uma diminuição de 1,4% enquanto as importações caíram 2,9% no mesmo período.
No total, o PIB subiu para US$ 55,266 bilhões em 2016, com uma participação de 38,7% do agregado de "outras atividades".
Este setor foi seguido pelo de comércio, reparos, restaurantes e hotéis (13%), e as indústrias manufatureiras (12,7%).
A menor participação deste ano ficou com os setores de fornecimento de eletricidade, gás e água (2,7%), transporte, armazenamento e comunicações (5,2%) e as atividades primárias (6,5%).