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Economia do Japão ganha força e dá impulso à política de Abe

Superávit da conta corrente do país dobrou ante o ano anterior e a economia cresceu a um ritmo mais rápido do que o previamente estimado

Premiê do Japão, Shinzo Abe: resultado é um sinal encorajador para as políticas agressivas do governo para estimular o crescimento (Soe Zeya Tun/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 09h00.

Tóquio - O superávit da conta corrente do Japão dobrou em abril ante o ano anterior, e a economia cresceu a um ritmo mais rápido do que o previamente estimado, num sinal encorajador para as políticas agressivas do governo para estimular o crescimento, mesmo que a recente turbulência no mercado tenha levantado dúvidas sobre a estratégia.

Dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que a terceira maior economia do mundo cresceu a uma taxa anualizada de 4,1 por cento entre janeiro e março, melhor do que a estimativa inicial de 3,5 por cento, destacando uma recuperação estável sobre uma retomada na demanda global e nas políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe.

O superávit da conta corrente ficou em 750 bilhões de ienes (7,7 bilhões de dólares), uma alta de 100,8 por cento em relação ao ano anterior e muito maior do que a mediana das previsões do mercado de superávit de 320 bilhões de ienes, mostraram dados do Ministério das Finanças.

Fortes ganhos de renda, incluindo retornos de investimentos japoneses no exterior que foram impulsionados pelo iene desvalorizado, mais do que compensaram os déficits comerciais, com a balança de rendimentos registrando uma quantidade recorde na comparação com dados desde 1985.

"As exportações estão se recuperando gradualmente à medida que o crescimento internacional melhora, portanto isso é um sinal positivo", afirmou o economista-chefe do RBS Securities do Japão, Junko Nishioka. "Mas o crescimento nas exportações não é forte o suficiente para compensar o aumento dos custos de importação." De forma similar, os fortes dados do Produto Interno Bruto (PIB) também contêm certos sinais de cautela.

"Os gastos de capital ainda estão contraindo, mostrando que mesmo com uma melhora nos lucros corporativos, as empresas estão preocupadas com o cenário", afirmou o estrategista sênior de renda fixa do Mitsubishi UFJ Securities, Shuji Tonouchi. "Há preocupações com o impacto do aumento do imposto sobre as vendas no crescimento econômico." Os dados foram divulgados em meio a uma volatilidade dos mercados, que estão colocando dúvidas sobre a "Abenomics", uma prescrição de política de afrouxamento monetário e expansão fiscal que visa estimular a economia.

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Tóquio - O superávit da conta corrente do Japão dobrou em abril ante o ano anterior, e a economia cresceu a um ritmo mais rápido do que o previamente estimado, num sinal encorajador para as políticas agressivas do governo para estimular o crescimento, mesmo que a recente turbulência no mercado tenha levantado dúvidas sobre a estratégia.

Dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que a terceira maior economia do mundo cresceu a uma taxa anualizada de 4,1 por cento entre janeiro e março, melhor do que a estimativa inicial de 3,5 por cento, destacando uma recuperação estável sobre uma retomada na demanda global e nas políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe.

O superávit da conta corrente ficou em 750 bilhões de ienes (7,7 bilhões de dólares), uma alta de 100,8 por cento em relação ao ano anterior e muito maior do que a mediana das previsões do mercado de superávit de 320 bilhões de ienes, mostraram dados do Ministério das Finanças.

Fortes ganhos de renda, incluindo retornos de investimentos japoneses no exterior que foram impulsionados pelo iene desvalorizado, mais do que compensaram os déficits comerciais, com a balança de rendimentos registrando uma quantidade recorde na comparação com dados desde 1985.

"As exportações estão se recuperando gradualmente à medida que o crescimento internacional melhora, portanto isso é um sinal positivo", afirmou o economista-chefe do RBS Securities do Japão, Junko Nishioka. "Mas o crescimento nas exportações não é forte o suficiente para compensar o aumento dos custos de importação." De forma similar, os fortes dados do Produto Interno Bruto (PIB) também contêm certos sinais de cautela.

"Os gastos de capital ainda estão contraindo, mostrando que mesmo com uma melhora nos lucros corporativos, as empresas estão preocupadas com o cenário", afirmou o estrategista sênior de renda fixa do Mitsubishi UFJ Securities, Shuji Tonouchi. "Há preocupações com o impacto do aumento do imposto sobre as vendas no crescimento econômico." Os dados foram divulgados em meio a uma volatilidade dos mercados, que estão colocando dúvidas sobre a "Abenomics", uma prescrição de política de afrouxamento monetário e expansão fiscal que visa estimular a economia.

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