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Economia do Brasil vive momento delicado, diz Delfim

Ainda assim, o economista pondera que o país não está à beira do apocalipse

Delfim Netto: ele destacou que a inflação está perto do limite da banda estabelecida pelo governo (Bia Parreiras/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 13h09.

São Paulo - O Brasil não está à beira do apocalipse, afirmou Antonio Delfim Netto, que entre os anos 1970 e 1980 ocupou os cargos de ministro da Fazenda, ministro da Agricultura e ministro da Secretaria do Planejamento da Presidência.

Em debate promovido pela Acrefi, ele afirmou que "estamos sob uma impressão de que estamos em um estado de catástrofe. Se acreditarmos nisso, nunca vamos investir. O Brasil não vai terminar". Apesar disso, ele reconheceu que a economia brasileira atravessa uma situação delicada.

Delfim Netto destacou que a inflação está perto do limite da banda estabelecida pelo governo, mas lembrou que a diferença entre os preços livres e controlados já começou a se reduzir.

Quanto à deterioração fiscal, o problema principal é o baixo crescimento, disse, uma vez que em processos de estagnação as receitas caem a um ritmo mais forte.

O ex-ministro criticou a sugestão de realizar um ajuste fiscal com arrocho salarial. "Essa sugestão do mercado financeiro é equivocada, não existe a possibilidade de fazer um ajuste sem a volta do crescimento", afirmou.

Ele lembrou que a Europa realizou esse arrocho e está novamente com problemas, enquanto os EUA, que optaram por um caminho de incentivo ao crescimento, estão em uma situação mais tranquila.

Delfim voltou a reforçar que o principal problema do Brasil é o setor externo, e a solução seria crescer por meio da indústria e pela exportação.

O ex-ministro ainda acrescentou que o principal risco para o País é perder o grau de investimento em um momento de alta nos juros dos EUA. "Isso retardaria todo o processo", afirmou.

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Em debate promovido pela Acrefi, ele afirmou que "estamos sob uma impressão de que estamos em um estado de catástrofe. Se acreditarmos nisso, nunca vamos investir. O Brasil não vai terminar". Apesar disso, ele reconheceu que a economia brasileira atravessa uma situação delicada.

Delfim Netto destacou que a inflação está perto do limite da banda estabelecida pelo governo, mas lembrou que a diferença entre os preços livres e controlados já começou a se reduzir.

Quanto à deterioração fiscal, o problema principal é o baixo crescimento, disse, uma vez que em processos de estagnação as receitas caem a um ritmo mais forte.

O ex-ministro criticou a sugestão de realizar um ajuste fiscal com arrocho salarial. "Essa sugestão do mercado financeiro é equivocada, não existe a possibilidade de fazer um ajuste sem a volta do crescimento", afirmou.

Ele lembrou que a Europa realizou esse arrocho e está novamente com problemas, enquanto os EUA, que optaram por um caminho de incentivo ao crescimento, estão em uma situação mais tranquila.

Delfim voltou a reforçar que o principal problema do Brasil é o setor externo, e a solução seria crescer por meio da indústria e pela exportação.

O ex-ministro ainda acrescentou que o principal risco para o País é perder o grau de investimento em um momento de alta nos juros dos EUA. "Isso retardaria todo o processo", afirmou.

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