Economia

Economia do Brasil fica estagnada em abril, aponta IBC-Br

Analistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,30% na comparação mensal, segundo a mediana das projeções


	Banco Central: analistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,30% na comparação mensal, segundo a mediana das projeções
 (Ueslei Marcelino/ Reuters)

Banco Central: analistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,30% na comparação mensal, segundo a mediana das projeções (Ueslei Marcelino/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 10h10.

São Paulo - A economia brasileira iniciou o segundo trimestre praticamente estagnada, resultado bem abaixo do esperado mas interrompendo quase um ano e meio quedas depois de a produção industrial e as vendas no varejo apresentarem ganhos em abril.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou variação positiva de 0,03 % em abril na comparação com março, em dado dessazonalizado.

Foi a primeira vez que o indicador ficou no azul após 15 meses de números negativos, mas frustrou a expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,30 %.

"Ainda é cedo para cantar vitória. O fundo do poço da atividade econômica parece estar se aproximando, porém só deve ocorrer no terceiro trimestre", destacou a consultoria Rosenberg & Associados, em nota assinada pela economista-chefe Thais Marzola Zara.

Na comparação com abril de 2015, o IBC-Br caiu 5,75 % e em 12 meses acumula queda de 5,35 %, sempre em números dessazonalizados.

A contração da Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou no primeiro trimestre deste ano, com queda de 0,3 % sobre o período imediatamente anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora o país ainda sofra com a recessão, inflação elevada e desemprego em alta, alguns setores tiveram resultados positivos em abril, como a produção industrial, que apresentou avanço de 0,1 %, desempenho melhor do que o esperado.

As vendas no varejo voltaram a subir em abril, porém abaixo do esperado e ainda insuficiente para reverter a tendência de queda do setor. O volume do setor de serviços recuou 4,5 % sobre o mesmo mês do ano anterior, pior resultado para abril desde o início da série histórica em 2012.

Os economistas consultados na pesquisa Focus do BC vêm melhorando sua projeção para a economia neste ano, mas ainda veem forte contração de 3,60 %. Para 2017 a expectativa é de crescimento de 1 %.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

Matéria atualizada às 10h10

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralIndicadores econômicosMercado financeiroPIB

Mais de Economia

Brasil é 'referência mundial' em regulação financeira, diz organizador de evento paralelo do G20

Governo teme “efeito cascata” no funcionalismo se Congresso aprovar PEC do BC

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Mais na Exame