IBC-Br: o Índice de Atividade Econômica do Banco Central teve queda de 0,56 por cento (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 19 de março de 2018 às 09h04.
Última atualização em 19 de março de 2018 às 10h43.
Brasília - A economia brasileira começou este ano em contração, mas num desempenho melhor que o esperado, em meio às expectativas de retomada do crescimento em 2018.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), encolheu 0,56 por cento em janeiro na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira.
A retração foi menor do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,80 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados.
Em dezembro, o indicador registrou expansão de 1,16 por cento, em número revisado pelo BC depois de divulgar antes uma alta maior, de 1,41 por cento.
Os diferentes setores da economia tiveram resultados mistos no início do ano, destacando a irregularidade da economia após voltar a crescer em 2017 na sequência de dois anos de profunda recessão.
A produção industrial mostrou a mais forte retração em dois anos ao encolher 2,4 por cento em janeiro, na comparação com dezembro. O volume de serviços recuou 1,9 por cento na mesma base, no pior resultado para janeiro em seis anos.
Por outro lado, as vendas varejistas voltaram a apresentar expansão, de 0,9 por cento, em um ambiente favorecido pela inflação e juros baixos, que ajudam o consumo.
Na comparação com janeiro de 2017, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve alta de 2,97 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses apresentou expansão de 1,20 por cento, segundo dados observados.
Para 2018, a pesquisa Focus realizada pelo BC mostra que a expectativa de especialistas é de expansão de 2,83 por cento do PIB, acelerando a 3 por cento em 2019.