Economia

É possível que Previdência fique para 2019, admite Meirelles

Segundo o ministro, tudo dependerá da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro

Meirelles: "Vai depender um pouco de quanto terminar a intervenção no Rio" (Adriano Machado/Reuters)

Meirelles: "Vai depender um pouco de quanto terminar a intervenção no Rio" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 17h52.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 18h10.

Fortaleza - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta sexta-feira, 23, que "é possível" que a votação da reforma da Previdência só seja votada no Congresso Nacional em 2019. Segundo ele, tudo dependerá da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, que passou a ser uma "prioridade" do governo Michel Temer.

"É possível (que fique para 2019). Vai depender um pouco de quanto terminar a intervenção no Rio", afirmou, lembrando que, enquanto durar a intervenção, o Congresso Nacional não poderá aprovar emendas constitucionais, como a da reforma da Previdência. Pelo decreto editado pelo presidente Michel Temer, a intervenção, a princípio, vai durar até 31 de dezembro deste ano.

"Esperamos que a reforma possa ser votada ainda este ano, mas evidentemente que a situação de segurança no Rio é de tal seriedade, e com um problema que vinha se agravando há muitos anos, que chegou o momento em que o governo teve que intervir e colocou isso como uma prioridade. Mas a reforma da Previdência continuar sendo prioridade absoluta, tão logo terminada intervenção, vai ser votada", acrescentou o ministro.

Meirelles afirmou que a não votação da reforma foi um dos principais motivos que provocaram o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch, anunciada nesta sexta. "Existia uma expectativa de aprovação no ano passado, que, de fato, não foi possível, não foi viável, mas que é a dinâmica normal parlamentar e etc. O Brasil vive numa democracia, o Congresso é soberano", declarou.

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