Exame Logo

É demagogia prometer fim do fator previdenciário, diz Dilma

O adversário da presidente, o tucano Aécio Neves, chegou a se comprometer em acabar com o mecanismo, mas depois afirmou que, se eleito, vai rever

Dilma: presidente fez gravação nesta quarta-feira com cerca de 200 sindicalistas (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 15h55.

São Paulo - A presidente e candidata Dilma Rousseff disse a sindicalistas que pretende criar uma mesa de negociação tripartite - com trabalhadores, governo e empresários - para voltar a debater o fim do fator previdenciário , mas preferiu não se comprometer em acabar com o mecanismo.

"Ela disse: 'Eu não vou enganar vocês porque estou em campanha, não vou dizer que vou acabar com o fator previdenciário, mas vou retomar o processo de debate como fizemos no governo Lula'", relatou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, após deixar a gravação que a presidente fez nesta quarta-feira, 15, pela manhã com cerca de 200 sindicalistas, em São Paulo.

O vídeo, a ser inserido no programa eleitoral de Dilma, mostrará uma espécie de sabatina de sindicalistas com a presidente.

De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Patah, que também participou da gravação, Dilma afirmou que seria "demagogia" prometer o fim do fator previdenciário.

O adversário da presidente, o tucano Aécio Neves, chegou a se comprometer em acabar com o mecanismo, mas depois afirmou que, se eleito, vai rever.

"O compromisso da presidenta, que é um compromisso que não é demagógico, é de que as mesas de negociações continuem para que a gente possa dar passos importantes nas questões trabalhistas", disse. A falta de canais de diálogo com a presidente foi uma reclamação constante das centrais sindicais durante o governo Dilma.

Patah disse também que a presidente garantiu que não haverá flexibilização da CLT "nem que a vaca tussa".

Além desses assuntos, Dilma teve de responder quais eram suas propostas e compromissos para a política de reajuste do salário mínimo, para a regulamentação das negociações para os servidores públicos e sobre políticas de proteção à mulher.

Em relação ao salário mínimo, Dilma se comprometeu a mandar um projeto de lei para manter o atual formato de reajuste, que vencerá em 2015, feito com base no INPC mais o PIB do ano anterior.

A proposta atende a uma demanda dos sindicalistas.

Juruna relatou que Dilma também se comprometeu a criar uma data base de negociações para o servidor público, da mesma forma como acontece com as categorias do setor privado.

"Propusermos ter data base para o servidor público e ela disse que vai topar", afirmou.

Segundo pessoas presentes no encontro, o clima foi descontraído e a presidente se mostrou bastante à vontade com os temas. Já o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse apenas que o encontro de hoje "cumpriu o seu objetivo".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou no evento. As gravações de hoje vão ao ar no programa eleitoral de Dilma ainda esta semana.

Veja também

São Paulo - A presidente e candidata Dilma Rousseff disse a sindicalistas que pretende criar uma mesa de negociação tripartite - com trabalhadores, governo e empresários - para voltar a debater o fim do fator previdenciário , mas preferiu não se comprometer em acabar com o mecanismo.

"Ela disse: 'Eu não vou enganar vocês porque estou em campanha, não vou dizer que vou acabar com o fator previdenciário, mas vou retomar o processo de debate como fizemos no governo Lula'", relatou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, após deixar a gravação que a presidente fez nesta quarta-feira, 15, pela manhã com cerca de 200 sindicalistas, em São Paulo.

O vídeo, a ser inserido no programa eleitoral de Dilma, mostrará uma espécie de sabatina de sindicalistas com a presidente.

De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Patah, que também participou da gravação, Dilma afirmou que seria "demagogia" prometer o fim do fator previdenciário.

O adversário da presidente, o tucano Aécio Neves, chegou a se comprometer em acabar com o mecanismo, mas depois afirmou que, se eleito, vai rever.

"O compromisso da presidenta, que é um compromisso que não é demagógico, é de que as mesas de negociações continuem para que a gente possa dar passos importantes nas questões trabalhistas", disse. A falta de canais de diálogo com a presidente foi uma reclamação constante das centrais sindicais durante o governo Dilma.

Patah disse também que a presidente garantiu que não haverá flexibilização da CLT "nem que a vaca tussa".

Além desses assuntos, Dilma teve de responder quais eram suas propostas e compromissos para a política de reajuste do salário mínimo, para a regulamentação das negociações para os servidores públicos e sobre políticas de proteção à mulher.

Em relação ao salário mínimo, Dilma se comprometeu a mandar um projeto de lei para manter o atual formato de reajuste, que vencerá em 2015, feito com base no INPC mais o PIB do ano anterior.

A proposta atende a uma demanda dos sindicalistas.

Juruna relatou que Dilma também se comprometeu a criar uma data base de negociações para o servidor público, da mesma forma como acontece com as categorias do setor privado.

"Propusermos ter data base para o servidor público e ela disse que vai topar", afirmou.

Segundo pessoas presentes no encontro, o clima foi descontraído e a presidente se mostrou bastante à vontade com os temas. Já o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse apenas que o encontro de hoje "cumpriu o seu objetivo".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou no evento. As gravações de hoje vão ao ar no programa eleitoral de Dilma ainda esta semana.

Acompanhe tudo sobre:Dilma Rousseffeconomia-brasileiraEleiçõesEleições 2014Fator previdenciárioPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame