Economia

Draghi: BCE segue disposto a intervir se for necessário

O presidente do banco lembrou que uma maior integração favorecerá a estabilidade do euro


	O presidente do BCE, Mario Draghi: o BCE pode agir, mas os governos europeus devem assumir sua parte, advertiu Draghi
 (©AFP/Archivo / Johannes Eisele)

O presidente do BCE, Mario Draghi: o BCE pode agir, mas os governos europeus devem assumir sua parte, advertiu Draghi (©AFP/Archivo / Johannes Eisele)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 09h41.

Paris - O Banco Central Europeu (BCE) continua disposto a intervir "se for necessário" para preservar o euro, disse nesta sexta-feira em Paris o presidente da entidade, Mario Draghi, que lembrou que uma maior integração favorecerá sua estabilidade.

"Faremos todo o necessário e estamos dispostos a intervir novamente, se for necessário", afirmou Draghi à emissora de rádio Europe 1, segundo uma tradução simultânea.

E isso "inclusive com meios ilimitados", acrescentou, embora tenha informado que isso não quer dizer "sem condições".

O BCE anunciou em meados do ano que estava disposto a comprar dívida, de maneira ilimitada, de Estados da Eurozona em dificuldades, sempre e quando solicitarem e com condições.

O BCE pode agir, mas os governos europeus devem assumir sua parte, advertiu Draghi. "Teremos sucesso tendo como condição que os governos ajam". É essencial acelerar a integração europeia, e este esforço deve ser feito "inicialmente no nível dos 17" países da Eurozona, considerou.

"Devemos aprender a compartilhar a soberania", acrescentou o presidente do BCE.

Para Draghi, a fase atual de redução de déficits públicos é "inevitável", mas afirmou que também é preciso "mitigar os efeitos" da mesma, criar crescimento e emprego recorrendo a reformas estruturais.

"A palavra-chave é a competitividade, é preciso eliminar a rigidez" especialmente no mercado do emprego, sustentou.

Interrogado sobre a decisão da agência de classificação financeira Moody´s de retirar da França sua nota máxima, o triplo A, Draghi afirmou que as repercussões desta decisão foram "muito poucas", mas considerou que se trata de "um sinal que precisa ser levado a sério".

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