Economia

Doria fala em privatizar todos os aeroportos de São Paulo até 2020

O governador espera que até o final do ano que vem todos os aeroportos de São Paulo sejam controlados por Parcerias Público Privadas

Doria:"Faremos a privatização de todos os aeroportos de São Paulo. Indistintamente", afirmou o governador (Adriano Machado/Reuters)

Doria:"Faremos a privatização de todos os aeroportos de São Paulo. Indistintamente", afirmou o governador (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 14h10.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2019 às 16h06.

São Paulo - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que uma reunião nesta terça-feira, 5, com a equipe de Parcerias Público Privadas (PPP), definiu como meta que todos os Aeroportos de São Paulo sejam privatizados até o ano que vem.

"Faremos a privatização de todos os aeroportos de São Paulo. Indistintamente", reafirmou o governador. "O prazo para que as concessões sejam colocadas de pé é esse ano. Ano que vem, nossa estimativa é que todos os aeroportos já sejam controlados por Parcerias Público Privadas", disse.

A fala de Doria foi feita nesta terça-feira, durante evento para anunciar o corte na alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação (QAV).

O evento contou com a presença de representantes daAgência Nacional de Aviação Civil (Anac), além dos presidentes da Gol Latam, Azul, Avianca e Passaredo.

Doria negou que o corte seja uma forma de ajudar companhias aéreas em dificuldade, como o caso da Avianca. "Essa iniciativa não está sendo feita e fundamentada dentro de uma questão de companhia aérea. Esta centrada na economia. Aumentar o turismo dentro do Estado", disse. O governador, entretanto, ponderou que se o corte contribuir para melhorar a musculatura das aéreas no Brasil, que pagam impostos e geram empregos, este é um bom caminho.

O governador anunciou a criação do Programa São Paulo pra Todos, que prevê a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o combustível de aviação em São Paulo. A alíquota, que hoje é de 25%, cairá para 12% e vai baratear o custo operacional das empresas aéreas.

Em contrapartida, em até 180 dias, o setor vai criar 490 decolagens semanais em 70 novos voos, aumentando a oferta de destinos em todo o país. Somente no Estado de São Paulo, seis novos destinos serão atendidos. Os novos destinos, porém, só serão anunciados após estudos técnicos conjuntos entre governo e companhias.

Segundo o governo, a desoneração tributária do setor aéreo será compensada pelo impacto econômico gerado pelas contrapartidas. Com a nova alíquota, a arrecadação prevista para 2019 sobre a comercialização de querosene aéreo cairá de R$ 627 milhões para R$ 422 milhões, mas a compensação total - direta e indireta - representa uma previsão de ao menos R$ 316 milhões.

Na apresentação do programa, o secretário de Turismo do Estado, Vinicius Lummertz, estimou que o corte no ICMS terá impacto de R$ 6,9 bilhões no valor bruto de produção (VPA) do Estado nos próximos 18 meses, além e gerar 59 mil empregos.

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