Economia

Dólar forte aumenta chance de 6º ano de excedente do açúcar

As vendas de produtores brasileiros têm crescido nos últimos meses, com a desvalorização do real compensando o impacto da queda dos preços do açúcar


	Colheita de cana-de-açúcar: o mercado global de açúcar tem registrado excedente por cinco anos consecutivos
 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Colheita de cana-de-açúcar: o mercado global de açúcar tem registrado excedente por cinco anos consecutivos (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 10h23.

Londres - O dólar mais valorizado está aumentando a perspectiva de um sexto ano de excedente no mercado global de açúcar em 2015/16, aumentando a rentabilidade para produtores em moedas locais em países como o Brasil.

O dólar, moeda na qual a maior parte do comércio internacional de açúcar é realizado, ganhou força ante uma cesta de moedas este ano, incluindo o real .

As vendas de produtores brasileiros têm crescido nos últimos meses, com a desvalorização do real compensando o impacto da queda dos preços do açúcar.

"Um real mais fraco reduz o impacto para as usinas exportadoras do Brasil", disse o consultor Michael Liddiard, da Agrilion.

O mercado global de açúcar tem registrado excedente por cinco anos consecutivos e especialistas, incluindo a Organização Internacional do Açúcar (OIA), a trading Czarnikow e a consultoria Green Pool, projetaram um modesto déficit em 2015/16, principalmente devido a um aumento no consumo, que sobe historicamente 2 por cento ao ano.

Contudo, consultorias disseram que a persistência da força do dólar poderia complicar a esperada mudança de um excedente para um déficit.

A trading Sucden afirmou em seu mais recente relatório trimestral que o excedente persiste no mercado global, com o crescimento da produção.

"O excedente pode estar gradualmente caindo, de mais de 13 milhões de toneladas em 2012 para 6 milhões de toneladas em 2014 e provavelemente 4 milhões de toneladas em 2015... A produção acabou subindo entre 2013 e 2014 e deverá permanecer estável em 2015".

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