Economia

Dois bancos estaduais aderem a empréstimo à distribuidoras

Banco de Brasília e Banco do Estado do Rio Grande do Sul, administrados pelos governos das duas unidades da Federação, se juntaram à operação de crédito


	BRB e Banrisul também vão fazer empréstimos às distribuidoras
 (Adriano Machado/Bloomberg)

BRB e Banrisul também vão fazer empréstimos às distribuidoras (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 15h32.

Brasília - Dois bancos estaduais aderiram ao consórcio de instituições financeiras que emprestarão quase R$ 6,6 bilhões às distribuidoras de energia, anunciou há pouco o Ministério da Fazenda. O Banco de Brasília (BRB) e Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), administrados pelos governos das duas unidades da Federação, se juntaram à operação de crédito.

O valor total do empréstimo ficou em R$ 6,58 bilhões. Na última quinta-feira (7), o Ministério da Fazenda tinha anunciado que a operação ficaria em R$ 6,6 bilhões. Por causa da adesão dos novos bancos, a contribuição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caiu de R$ 3 bilhões para R$ 2,7 bilhões.

Ao todo, o empréstimo terá a participação de 13 instituições financeiras: BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual, Citibank, J.P. Morgan, Credit Suisse, Bank of America, BRB e Banrisul. Ao todo, a participação dos bancos públicos federais alcançou 52,58%. O restante ficou com os bancos privados e estaduais.

A primeira parcela estará disponível para as empresas de energia até o próximo dia 19. As prestações serão pagas entre novembro de 2015 e novembro de 2017, com juros equivalentes ao certificado de depósito interbancário (CDI), taxa variável, mais 2,35% ao ano.

No comunicado, o Ministério da Fazenda reiterou que não estão previstos mais empréstimos bancários para socorrer o setor elétrico. Em abril, as distribuidoras tinham recebido empréstimo de R$ 11,2 bilhões, mas todo o dinheiro já foi usado.

As operações de crédito foram necessárias para manter o fluxo de caixa das distribuidoras que arcaram com custos maiores após a estiagem no início do ano. Além de comprar energia das usinas termelétricas, mais cara que a das hidrelétricas, as empresas tiveram de comprar energia no mercado de curto prazo, cujo preço disparou com a escassez de chuva.

Tanto no primeiro como no segundo empréstimo bancário, o dinheiro é repassado à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que transfere os recursos às distribuidoras. Além das operações de crédito, o Tesouro Nacional aumentou, em março, de R$ 9 bilhões para R$ 13 bilhões o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético, fundo que subsidia as tarifas de energia.

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