Davos: o Fórum Econômico Mundial acontece todos os anos na Suíça e reúne líderes globais (Denis Balibouse/Reuters)
AFP
Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 19h45.
Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 21h31.
Do medo dos socialistas ao novo embate entre os Estados Unidos e Greta Thunberg, confira os cinco principais momentos do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos:
O encontro, que reúne a elite política e econômica mundial nos Alpes, é também cenário para que as grandes empresas divulguem anúncios e propagandas criativas, distribuídas ao longo da Promenade, a principal do povoado.
Por vezes, a originalidade excessiva faz que os anúncios sejam incompreensíveis, como o que diz que "A democracia líquida chegou" e outro que sugere "Construir uma nação 'bridgital'", um jogo de palavras com"bridge" (ponte, em inglês) e "digital".
Há outros, no entanto, muito convincentes: "Unsmoke your mind" (Desfume a sua mente, em português).
Questionado sobre a petição da ativista Greta Thunberg para a suspensão imediata dos investimentos em combustíveis fósseis, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse nesta quinta-feira (23) que ela deveria "primeiro estudar Economia universidade" para depois "voltar e explicar" seu pedido ao governo.
A jovem de 17 anos respondeu ao comentário de Mnuchin em seu Twitter, explicando que seu ano sabático terminou em agosto do último ano e que, de qualquer forma, "não é necessário um diploma universitário" para notar que as ações atuais para reduzir as emissões de CO2 não são suficientes.
O ex-ministro de Relações Exteriores do Líbano, Gebran Basil, muito criticado em seu país por participar do evento em Davos, passou por um momento delicado.
Uma repórter lhe perguntou: "Como veio ao Fórum? Em um avião privado?". Basil, que é considerado por muitos manifestantes no Líbano parte da corrupção política existente no país, respondeu: "Vim por minha conta. Nenhum centavo dos cofres públicos!", ressaltou.
O temor aos socialistas parece ter se apoderado de muitos participantes de Davos.
É o caso de Jamie Dimon, um influente banqueiro americano. Ao fazer referência a Bernie Sanders, sem citá-lo, Dimon disse à emissora americana CNBC que as pessoas desconhecem verdadeiramente o socialismo.
"A maioria das empresas públicas não fazem bem o seu trabalho e com o tempo se corrompem", afirmou.
A revista Foreign Policy, por sua vez, publicou um especial sobre "O Socialismo: por que voltou e o que significa" na mesma época do evento em Davos.
Em seu Twitter, Sanders, pré-candidato democrata à presidência americana, respondeu: "É engraçado. Jamie Dimon não teve nada contra o Socialismo quando o seu banco obteve um resgate de US$ 416 bilhões dos contribuintes dos Estados Unidos".
Na busca por investimentos, a Ucrânia parece estar disposta a tudo. Em um vídeo gravado, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, prometeu que aqueles que investirem US$ 100 milhões no país terão um "um anjo da guarda" pessoal do governo.
"Os investidores serão protegidos pelo Estado. Terão um tutor, uma 'babá para o investimento', que falará cinco línguas e trabalhará para vocês 24 horas por dia, sete dias por semana", acrescentou.