Economia

Dirigente do BCE prevê 1º corte de juros na primavera europeia, mas espera relaxamento gradual

Galhau indicou que o processo começará com uma redução "moderada" da taxa básica

François Villeroy de Galhau, dirigente do Banco Central Europeu (BCE) (YOSHIKAZU TSUNO/Getty Images)

François Villeroy de Galhau, dirigente do Banco Central Europeu (BCE) (YOSHIKAZU TSUNO/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 28 de março de 2024 às 18h56.

Última atualização em 28 de março de 2024 às 19h24.

Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau reiterou nesta quinta-feira, 28, a expectativa de que a autoridade monetária comece a cortar os juros na primavera europeia que se estende até meados de junho. No entanto, o dirigente indicou que o processo começará com uma redução "moderada" da taxa básica e que o ciclo de relaxamento será "gradual".

Em discurso durante evento, Villeroy de Galhau disse que a instituição não necessariamente deve cortar os juros em cada uma de suas reuniões seguintes, mas manterá as opções abertas. "Acima de tudo, o ritmo será pragmático e guiado por dados econômicos", afirmou.

Galhau acrescentou que a discussão sobre se a abertura do afrouxamento monetário ocorrerá em abril ou junho "não é de importância existencial". "Reitero aqui a minha convicção de que o corte deverá realizar-se na primavera, e isto independentemente do calendário do Federal Reserve [Fed]", comentou.

O dirigente, que também é presidente do Banco da França, lembrou que a política monetária se transmite à economia de maneira defasada. Por isso, para ele, esperar muito tempo para agir pode deixar o BCE atrasado. Assim, se a inflação cair abaixo da meta de 2% por muito tempo, o BC europeu poderá cortar os juros de maneira mais agressiva, de acordo com ele.

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