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Dilma propõe pacto internacional contra crise

A presidente destacou que "é muito importante que o Brasil retome sua taxa de crescimento em torno de 4,5% e 5%"

A presidente Dilma Rousseff durante o discurso na Assembleia Geral da ONU (Spencer Platt/Getty Images/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 07h51.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu um pacto internacional contra a crise econômica nesta terça-feira, em Nova York, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, durante um encontro com jornalistas brasileiros.

"Acredito que deve haver um esforço (conjunto) para buscar a consolidação fiscal dos países que têm problemas de dívida soberana, mas isto deve ser feito com cautela, de modo que não leve o mundo a uma queda brusca. Por isto uso o nome de pacto, porque todos os países, de uma certa maneira, terão de se comprometer", acrescentou a presidente.

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"Vamos sair disto juntos, com cada um fazendo sua parte, mas vamos fazê-lo de uma forma ordenada", disse Dilma ao propor um "pacto pelo crescimento" internacional contra a crise.

A presidente destacou que "é muito importante que o Brasil retome sua taxa de crescimento em torno de 4,5% e 5%", quando a previsão de avanço do PIB brasileiro para 2012 é de 2%, com 4% para 2013.

Mais cedo, em seu discurso na Assembleia Geral, Dilma fez uma enérgica defesa do direito dos países emergentes de proteger suas economias, e atacou o protecionismo e todas as formas de manipulação comercial, entre elas a política monetária das nações mais ricas do mundo, que provocou "uma valorização artificial das moedas dos emergentes".

"A política monetária não pode ser a única resposta ao crescente desemprego, aumento da pobreza e falta de futuro que afeta os segmentos mais vulneráveis da população do mundo", destacou.

"A grave crise econômica que teve início em 2008 assumiu perfis novos e preocupantes. A escolha de políticas fiscais ortodoxas piorou a recessão nas economias desenvolvidas, com repercussões nos países emergentes".

Dilma exigiu medidas para estimular o investimento e a demanda, que classificou de indispensáveis para frear a recessão e garantir o crescimento econômico.

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