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Dilma diz que demora na capitalização atrasa plano da Petrobras

RIO (Reuters) - A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira que a demora na aprovação do projeto de capitalização da Petrobras pelo Congresso está atrapalhando a conclusão do plano de investimentos da estatal para o próximos cinco anos.   "Isso já está atrapalhando o […]

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2010 às 12h55.

RIO (Reuters) - A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira que a demora na aprovação do projeto de capitalização da Petrobras pelo Congresso está atrapalhando a conclusão do plano de investimentos da estatal para o próximos cinco anos.

"Isso já está atrapalhando o plano de investimentos da Petrobras... Ainda nenhum investimento foi postergado, mas estamos chegando no limite", afirmou Dilma a jornalistas após entrevista a uma rádio no Rio de Janeiro.

Dilma irá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agenda nesta tarde na capital fluminense.

Dilma acrescentou esperar que o projeto de capitalização da Petrobras seja aprovado pelo Congresso até meados do mês que vem.

"Eu espero, embora não controle o processo, espero, acho, acredito que eles aprovem antes do Carnaval... Se não conseguirem, pelo menos logo depois", avaliou a ministra.

A Petrobras divulga anualmente o seu Plano Estratégico para o período de cinco anos. No momento, a estatal avalia os investimentos que serão feitos de 2010 a 2014, substituindo o atual plano de 174,4 bilhões de dólares para o período 2009-2013.

Segundo uma fonte já havia informado à Reuters, a empresa precisa saber se será capitalizada para estabelecer o novo valor do plano estratégico, que segundo estimativas do mercado deve superar 200 bilhões de dólares.

ESCOLHIDA

Apesar de Lula já ter declarado que vai acelerar as inaugurações no país nos primeiros meses do ano para garantir a presença da ministra , Dilma afirmou em entrevista de uma hora e meia à rádio que ainda não pode ser considerada pré-candidata à presidência, já que depende da homologação pela convenção do partido.

"Só serei candidata no dia em que eu for escolhida, não se pode sentar na cadeira antes porque dá azar", afirmou.

"A gente tem que ter a humildade de reconhecer que não depende de mim (a candidatura), mas para mim isso seria uma honra (concorrer à Presidência)", completou.

Embora admita que não tem nenhum concorrente dentro do PT, Dilma afirmou que só se posicionará como candidata quando houver a homologação.

A ministra disse ainda que a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será lançada este ano para que seja implementada pelo sucessor de Lula.

As prioridades, segundo a ministra, serão a expansão de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) pelo país, construção de creches, fortalecimento do ensino superior, investimento em transportes de massa, drenagem e distribuição de água.

"Vamos ampliar ações iniciadas no PAC1 e fazer esforço em novas áreas fundamentais."

(Por Rodrigo Viga Gaier; Reportagem adicional de Denise Luna)

 

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