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Desvalorizar iuane é liberalização, diz ex-presidente do Fed

Ben Bernanke disse que a desvalorização da moeda da China é uma medida de liberalização econômica

Ben Bernanke: "o que a China está fazendo é o que o pedimos que ela faça" (REUTERS/Sergei Karpukhin)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 18h10.

Washington - O ex-presidente do Federal Reserve ( Fed , banco central americano), Ben Bernanke, afirmou nesta segunda-feira que a desvalorização do iuane é uma medida de liberalização econômica.

"O que a China está fazendo é o que o pedimos que ela faça: deixar que as forças do mercado tenham um maior papel na hora de determinar o valor da moeda", explicou Bernanke em um evento organizado pelo Brookings Institution em Washington.

Para Bernanke, a medida responde à "notável" valorização da divisa chinesa nos últimos meses ao estar ligada ao dólar, o que estava "pondo pressão sobre a economia chinesa".

"A desvalorização é uma liberalização, ao se movimentar na direção marcada pelo mercado", acrescentou o ex-presidente do Fed.

A China realizou na semana passada três desvalorizações seguidas do iaune, que caiu 4,6% em relação ao dólar, antes de estabilizar a moeda na sexta-feira.

Os analistas destacaram que a inesperada decisão do Banco Popular da China é um sinal da preocupação do governo do país sobre a desaceleração da economia e a necessidade de reforçar a competitividade das exportações.

Além disso, eles alertaram que a medida poderia provocar que o Fed, que prevê elevar as taxas de juros nos Estados Unidos perante a melhoria da economia americana, possa ser obrigado a atrasar a decisão para não impulsionar ainda mais a apreciação do dólar como consequência do início do ajuste monetário.

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"O que a China está fazendo é o que o pedimos que ela faça: deixar que as forças do mercado tenham um maior papel na hora de determinar o valor da moeda", explicou Bernanke em um evento organizado pelo Brookings Institution em Washington.

Para Bernanke, a medida responde à "notável" valorização da divisa chinesa nos últimos meses ao estar ligada ao dólar, o que estava "pondo pressão sobre a economia chinesa".

"A desvalorização é uma liberalização, ao se movimentar na direção marcada pelo mercado", acrescentou o ex-presidente do Fed.

A China realizou na semana passada três desvalorizações seguidas do iaune, que caiu 4,6% em relação ao dólar, antes de estabilizar a moeda na sexta-feira.

Os analistas destacaram que a inesperada decisão do Banco Popular da China é um sinal da preocupação do governo do país sobre a desaceleração da economia e a necessidade de reforçar a competitividade das exportações.

Além disso, eles alertaram que a medida poderia provocar que o Fed, que prevê elevar as taxas de juros nos Estados Unidos perante a melhoria da economia americana, possa ser obrigado a atrasar a decisão para não impulsionar ainda mais a apreciação do dólar como consequência do início do ajuste monetário.

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