Economia

Desvalorização cambial não inibe importação na indústria

Para Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Coeficiente de Exportação reduzido também pode ser pela acomodação da indústria


	Indústria: para departamento, entre julho e setembro demanda doméstica cresceu 4,1%, mas, deste montante, somente 17,6% foram absorvidos por produtos nacionais
 (GettyImages)

Indústria: para departamento, entre julho e setembro demanda doméstica cresceu 4,1%, mas, deste montante, somente 17,6% foram absorvidos por produtos nacionais (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 14h32.

São Paulo - A desvalorização do real em relação ao dólar não inibiu a entrada de produtos importados no mercado brasileiro no terceiro trimestre.

De acordo com os Coeficientes de Exportação e Importação (CEI) divulgados nesta quinta-feira, 21, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), embora o Coeficiente de Importação (CI), que mede a participação das importações no consumo aparente da indústria brasileira, tenha terminado o terceiro trimestre em 24,7%, pouco abaixo dos três meses anteriores (24,8%), o Coeficiente de Exportação (CE), que mede a participação das exportações na receita total do setor, passou de 21% para 20,5%.

Em nota, o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Roberto Giannetti, disse que é preciso cerca de seis meses para que os efeitos de uma mudança cambial sejam absorvidos pela economia.

Giannetti explicou que o ganho de competitividade da moeda brasileira não ocorreu em relação às moedas de outros países com os quais o Brasil possui grande volume de comércio.

"China, Japão e outras nações asiáticas e sul-americanas também sofreram depreciação de suas moedas perante o dólar americano. Houve, portanto, uma desvalorização geral no mesmo período, o que roubou a competitividade da indústria brasileira", afirmou.

De acordo com a análise do Derex, a redução do CE também pode ser atribuída à acomodação da indústria, após o forte desempenho do setor no segundo trimestre de 2013.

Segundo o departamento, entre os meses de julho e setembro a demanda doméstica cresceu 4,1%, mas, deste montante, somente 17,6% foram absorvidos por produtos nacionais. A grande fatia, de 82,4%, foi dominada por artigos fabricados fora do país.

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