Desemprego registra leve redução pelo segundo mês seguido

A taxa de desemprego total caiu de 20,3% para 19,7% (1,934 milhão) de pessoas desempregadas na região metropolitana de São Paulo. É o segundo mês de queda, já que junho variou de 20,6% (maio) para 20,3%. Desse percentual, a taxa de desemprego aberto da Grande São Paulo teve ligeira queda em julho, passando de 13,2% para 12,7%. A medição obtida pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, mostra uma relativa estabilidade nas taxas de desemprego oculto pelo trabalho precário (de 5,1% para 5%) e pelo desalento (de 2,0% para 2,1%). Em números absolutos, esses contingentes foram estimados em 1.247 mil, 485 mil e 202 mil pessoas, respectivamente. A redução do número de desempregados (59 mil pessoas), no mês de julho, aconteceu basicamente da geração de 55 mil ocupações, verificando-se relativa estabilidade (4 mil pessoas negativas) da População Economicamente Ativa (PEA).

Embora o nível de ocupação tenha apresentado desempenho favorável pelo terceiro mês consecutivo, observou-se menor intensidade no aumento de novas ocupações em julho (0,7%), em comparação aos dois meses anteriores (0,9% e 1,3%, respectivamente). Em julho, ainda que a indústria tenha registrado redução de 29 mil ocupações, destaca-se o crescimento do emprego nos serviços (45 mil postos) e no comércio (33 mil), e a ampliação do total de assalariados com carteira assinada no setor privado (37 mil) e do emprego no setor público (28 mil).

Em junho, o rendimento médio do pessoal ocupado e o dos assalariados aumentaram pelo terceiro mês consecutivo, apresentando variação idêntica (1,8%). Esses rendimentos passaram a ser de R$ 910 e R$ 974, respectivamente.

Entre junho e julho, não houve alteração na jornada média semanal de trabalho de 43 horas dos assalariados, no entanto, a proporção que trabalhou mais de 44 horas na semana apresentou pequeno aumento (de 41,5% para 42,3%). Entre os setores analisados, a parcela que trabalhou mais de 44 horas na semana passou de 35,6% para 42,3% na Indústria, registrando-se reduções no Comércio (de 61,9% para 57,4%) e nos Serviços (de 38,0% para 37,5%).

Segundo a pesquisa do Seade/Dieese, verificou-se diminuição da taxa de desemprego total para praticamente todos os segmentos analisados, à exceção das pessoas de 40 anos e mais, cuja taxa apresentou elevação de 2,3%. Destaca-se a diminuição desse indicador para as pessoas de 25 a 39 anos (5,4%), os homens (3,5%) e os demais membros do domicílio (3,0%).

Nos últimos doze meses, houve elevação do contingente de desempregados na RMSP em 188 mil pessoas (137 mil em desemprego aberto), em decorrência da não-geração de novos postos de trabalho no período (eliminação de 21 mil ocupações) associada ao ingresso de 167 mil pessoas no mercado de trabalho da Região.

Em relação a julho de 2002, o crescimento de 8,8% da taxa de desemprego total atingiu todos os segmentos populacionais analisados, com destaque para as mulheres (11,8%), as pessoas de 40 anos e mais (10,9%), as de 18 a 24 anos (10,3%) e os chefes de domicílio (10,1%).

Entre maio e junho de 2003, houve comportamento diferenciado das taxas de desemprego total nas regiões onde a PED é realizada, destacando-se o expressivo aumento dessa taxa na Região Metropolitana de Porto Alegre (6,0%). Em relação a junho de 2002, a taxa de desemprego elevou-se em todas as regiões, com crescimento mais intenso no Distrito Federal (11,3%), seguido pelas Regiões Metropolitanas de Porto Alegre e de Recife (10,7% e 10,6%, respectivamente). Em julho, o nível ocupacional na Região Metropolitana de São Paulo apresentou crescimento de 0,7%, mantendo o movimento favorável dos últimos dois meses. Com a geração de 55 mil ocupações no mês em análise, estimou-se o contingente de ocupados em 7.882 mil pessoas.

Pelo segundo mês consecutivo, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo apresentou desempenho favorável. Pesquisa da Fundação Seade/Dieese divulgada hoje mostra que a taxa recuou de 20,3% em junho para 19,7% em julho.

Apesar da queda --considerada comum para o mês, pois há aumento no número de vagas nesta época do ano-- o resultado é o pior para o mês de julho desde 1999 (20,1%). O total de desempregados na região foi estimado em 1,934 milhão de pessoas em julho. No mês anterior havia 1,993 milhão de pessoas procurando trabalho. Segundo a fundação, a redução de 59 mil pessoas no total de desempregados pode ser explicada pela geração de 55 mil vagas e pela saída de 4.000 pessoas da PEA (População Economicamente Ativa).