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Desemprego aumenta em junho na região de São Paulo

Em junho, o contingente de desempregados foi calculado em 1,467 milhão de pessoas

Desemprego em São Paulo: dados mostram também que em março o nível de ocupação caiu 0,4% (REUTERS/Paulo Whitaker)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 19h15.

São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo aumentou pelo quinto mês consecutivo, ao passar de 12,9% em maio para 13,2% em junho, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade).

O levantamento, feito mensalmente, foi divulgado hoje (29), na capital paulista.

Em junho, o contingente de desempregados foi calculado em 1,467 milhão de pessoas, 32 mil a mais do que no mês anterior.

Esse número é decorrente da diminuição do nível de ocupação, com a redução de 42 mil postos de trabalho (-0,4%), e queda da estabilidade da População Economicamente Ativa (0,1%) com 10 mil pessoas saindo do mercado de trabalho.

O nível de ocupação eliminou 12 mil postos de trabalho, o que corresponde a uma queda de 0,1%.

Os dados mostram também que em março o nível de ocupação caiu 0,4% e o número de ocupados foi estimado em 9,644 milhões de pessoas.

O resultado foi em função da queda de empregados no setor de serviços (-1,1% ou a eliminação de 63 mil postos de trabalho), na indústria de transformação (-0,5% ou menos 7 mil empregos) e na construção civil (-0,4% ou menos 3 mil vagas).

Houve aumento no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,4% ou eliminação de 41 mil postos de trabalho).

De acordo com a pesquisa, entre maio e junho, o rendimento médio real dos ocupados e assalariados foi de R$ 1.941,00 e R$ 1.945,00.

A massa de rendimentos dos ocupados cresceu 1,0% e a dos assalariados 0,5%. O número de assalariados caiu 0,9% em junho.

No setor privado, o   número de trabalhadores com carteira assinada subiu 0,3% e o sem carteira diminuiu 6,7%. A quantidade de autônomos ficou estável em 0,2% e os empregados domésticos tiveram retração de 2,1%.

O coordenador da pesquisa Alexandre Loloian, do Seade, explicou que não é normal ter um primeiro semestre com a taxa caindo todos os meses.

“Este primeiro semestre, em termos de amplitude do valor da taxa, só é equiparável a 1991 e 1992, que foram anos de crise econômica e desemprego muito forte”.

Loloian destacou que a preocupação no momento é a de que o setor de serviços tem apresentado queda de empregos.

“Essa redução pode se agravar, porque o rendimento está caindo e prejudicando o poder de compra que afeta os serviços que dependem dessa massa de rendimento. A estimativa é a de que nesses primeiros meses do ano a massa tenha tido uma queda de R$ 7 bilhões”.

Segundo ele, no primeiro semestre houve aumento do contingente de desempregados de 394 mil pessoas, sendo reflexo da volta de pessoas ao mercado de trabalho resultando no aumento da PEA.

“Muita gente que estava na inatividade voltou a procurar emprego e ocupação. Desses 394 mil a estimativa é de que 70% sejam parte desse movimento e o restante tenha perdido mesmo o emprego”.

Para o coordenador da pesquisa, não há sinais que indiquem uma reversão desse quadro de aumento do desemprego.

“Todo segundo semestre o nível de ocupação se eleva em períodos normais. Mas este ano as coisas estão muito diferentes com ajustes da economia, contas públicas, taxas de juros e isso pode afetar essa sazonalidade”.

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O levantamento, feito mensalmente, foi divulgado hoje (29), na capital paulista.

Em junho, o contingente de desempregados foi calculado em 1,467 milhão de pessoas, 32 mil a mais do que no mês anterior.

Esse número é decorrente da diminuição do nível de ocupação, com a redução de 42 mil postos de trabalho (-0,4%), e queda da estabilidade da População Economicamente Ativa (0,1%) com 10 mil pessoas saindo do mercado de trabalho.

O nível de ocupação eliminou 12 mil postos de trabalho, o que corresponde a uma queda de 0,1%.

Os dados mostram também que em março o nível de ocupação caiu 0,4% e o número de ocupados foi estimado em 9,644 milhões de pessoas.

O resultado foi em função da queda de empregados no setor de serviços (-1,1% ou a eliminação de 63 mil postos de trabalho), na indústria de transformação (-0,5% ou menos 7 mil empregos) e na construção civil (-0,4% ou menos 3 mil vagas).

Houve aumento no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,4% ou eliminação de 41 mil postos de trabalho).

De acordo com a pesquisa, entre maio e junho, o rendimento médio real dos ocupados e assalariados foi de R$ 1.941,00 e R$ 1.945,00.

A massa de rendimentos dos ocupados cresceu 1,0% e a dos assalariados 0,5%. O número de assalariados caiu 0,9% em junho.

No setor privado, o   número de trabalhadores com carteira assinada subiu 0,3% e o sem carteira diminuiu 6,7%. A quantidade de autônomos ficou estável em 0,2% e os empregados domésticos tiveram retração de 2,1%.

O coordenador da pesquisa Alexandre Loloian, do Seade, explicou que não é normal ter um primeiro semestre com a taxa caindo todos os meses.

“Este primeiro semestre, em termos de amplitude do valor da taxa, só é equiparável a 1991 e 1992, que foram anos de crise econômica e desemprego muito forte”.

Loloian destacou que a preocupação no momento é a de que o setor de serviços tem apresentado queda de empregos.

“Essa redução pode se agravar, porque o rendimento está caindo e prejudicando o poder de compra que afeta os serviços que dependem dessa massa de rendimento. A estimativa é a de que nesses primeiros meses do ano a massa tenha tido uma queda de R$ 7 bilhões”.

Segundo ele, no primeiro semestre houve aumento do contingente de desempregados de 394 mil pessoas, sendo reflexo da volta de pessoas ao mercado de trabalho resultando no aumento da PEA.

“Muita gente que estava na inatividade voltou a procurar emprego e ocupação. Desses 394 mil a estimativa é de que 70% sejam parte desse movimento e o restante tenha perdido mesmo o emprego”.

Para o coordenador da pesquisa, não há sinais que indiquem uma reversão desse quadro de aumento do desemprego.

“Todo segundo semestre o nível de ocupação se eleva em períodos normais. Mas este ano as coisas estão muito diferentes com ajustes da economia, contas públicas, taxas de juros e isso pode afetar essa sazonalidade”.

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