As vendas de eletroeletrônicos fecharam o terceiro trimestre com uma alta de 11,79% no resultado acumulado no ano, em comparação ao mesmo período de 2005. A desaceleração - já que o setor havia registrado expansão de 14,43% no primeiro semestre - fez com que a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) derrubasse a projeção para o desempenho dos produtos em 2006, de um crescimento de 14% a 16% para um entre 12% e 14%.

A redução foi minimizada pelo presidente da Eletros, Paulo Saab: "É um crescimento importante para o setor ainda em expansão". Os produtos que mais prejudicaram as vendas no terceiro trimestre foram os da linha de imagem e som, principalmente os televisores.

Enquanto os produtos de imagem e som (TVs, rádios, DVDs, entre outros) mostraram avanço de 37,1% nos primeiros seis meses de 2006, o crescimento no acumulado do ano até setembro caiu para 19,85%. Já os televisores, cujas vendas haviam crescido 37,84% até junho, tiveram a taxa positiva reduzida para 23,39% até o fim do terceiro trimestre. Ainda assim, a perspectiva é de que os aparelhos de TV batam recorde em 2006 de unidades comercializadas, estimadas em 10 milhões em todo o ano.

Para compensar, o segmento de linha branca (que inclui refrigeradores, lavadoras, lava-louças) melhorou o desempenho: passou de uma alta de 5% entre janeiro e junho para uma de 9,75% entre janeiro e setembro. A linha de portáteis (como aspiradores de pó, cafeteiras, secadores) também se recuperou, saindo de uma queda de 8,37% nas vendas registradas no primeiro semestre para uma quase estabilidade no acumulado até setembro - o índice negativo frente aos nove primeiros meses de 2005 agora está em 0,2%. "Os televisores foram os propulsores de venda do primeiro semestre, já no terceiro trimestre do ano, a linha branca teve maior destaque", declara Saab.