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Depois de receber empresários, Dilma reúne ministros

Setor empresarial garantiu à presidente que participará de leilões e que ampliará investimento produtivo

Dilma Rousseff: no momento, presidente define o formato de reuniões que realizará na semana que vem com ministros (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 12h33.

Brasília - Após receber empresários na primeira semana de volta ao trabalho em 2013, a presidente Dilma Rousseff reúne-se na próxima semana para planejar novas ações do governo de estímulo à competitividade e ampliar o financiamento e investimentos em infraestrutura, informaram à Reuters duas fontes do governo.

Nesta quinta e sexta, a presidente ouviu as perspectivas dos empresários sobre o crescimento da economia brasileira para este ano, diante do desempenho ruim em 2012.

Ouviu deles, segundo uma das fontes, a garantia de que participarão em leilões em portos e aeroportos, vão estender investimentos em produção e, atendendo uma das maiores preocupações do governo, manter estáveis os índices de emprego --a marca próxima do pleno emprego tem sido um dos principais ingredientes da alta aprovação do governo Dilma.

"Nossa preocupação muito grande é a necessidade que se tem de ampliar investimentos. Esse país nunca teve o volume de obras que está tendo, nunca teve o volume de obras que está programado e é preciso que você amplie o financiamento do setor privado", disse a jornalistas Rodolpho Tourinho, presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada (Sinicon).

A presidente havia afirmado, em conversa com jornalistas no final de dezembro, que era preciso que bancos privados participassem mais de financiamentos de longo prazo para complementar o que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) já oferece ao setor produtivo.


Nesta sexta, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, estava entre os que mantiveram reuniões com a presidente. Ela também se reuniu com o presidente do Grupo Lafarge, Bruno Lafont. Na quinta, recebeu os presidentes da Vale, Murilo Ferreira, da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan.

De uma forma geral, os empresários demonstraram acreditar em uma maior recuperação da economia neste ano. Para o governo, é essencial crescer já no primeiro trimestre do ano, sinalizando a perspectiva econômica mais positiva para este início da segunda metade do mandato de Dilma, que deve enfrentar uma campanha para reeleição no ano que vem.

"Muita coisa já está sendo feita. A gente precisa colocar agora em prática, acho, apontar o direcionamento", disse a jornalistas Odebrecht.

Em 2012, apesar dos inúmeros incentivos dados pelo governo e de a Selic ter sido reduzida para a mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, a economia brasileira não decolou e deve ter expansão de cerca de 1 por cento. Entre as medidas tomadas pelo governo, estão a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da chamada linha branca e automóveis e a desoneração de folha de pagamento em diversos setores.

A crise internacional é um dos fatores apontados pela equipe econômica para o mau desempenho, que defende que a recuperação já está em curso. Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve ter crescimento de 3,5 por cento neste ano, segundo pesquisa da Reuters.


Além do desafio de fazer o país crescer, a presidente Dilma enfrentou ainda no início deste ano desconfiança em torno da garantia do abastecimento de energia, em meio aos menores níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país em dez anos.

Tanto na quinta quanto nesta sexta, os empresários afirmaram que é muito positivo ter uma relação estreita com a presidente. Dilma tem ouvido com frequência representantes de vários setores, e já fez pelo menos duas reuniões ampliadas com empresários.

Segundo assessores, a presidente ainda está definindo o formato das reuniões na próxima semana com ministros, muitos de férias até segunda-feira. Ela poderá intercalar encontros individuais com reuniões setoriais.

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Brasília - Após receber empresários na primeira semana de volta ao trabalho em 2013, a presidente Dilma Rousseff reúne-se na próxima semana para planejar novas ações do governo de estímulo à competitividade e ampliar o financiamento e investimentos em infraestrutura, informaram à Reuters duas fontes do governo.

Nesta quinta e sexta, a presidente ouviu as perspectivas dos empresários sobre o crescimento da economia brasileira para este ano, diante do desempenho ruim em 2012.

Ouviu deles, segundo uma das fontes, a garantia de que participarão em leilões em portos e aeroportos, vão estender investimentos em produção e, atendendo uma das maiores preocupações do governo, manter estáveis os índices de emprego --a marca próxima do pleno emprego tem sido um dos principais ingredientes da alta aprovação do governo Dilma.

"Nossa preocupação muito grande é a necessidade que se tem de ampliar investimentos. Esse país nunca teve o volume de obras que está tendo, nunca teve o volume de obras que está programado e é preciso que você amplie o financiamento do setor privado", disse a jornalistas Rodolpho Tourinho, presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada (Sinicon).

A presidente havia afirmado, em conversa com jornalistas no final de dezembro, que era preciso que bancos privados participassem mais de financiamentos de longo prazo para complementar o que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) já oferece ao setor produtivo.


Nesta sexta, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, estava entre os que mantiveram reuniões com a presidente. Ela também se reuniu com o presidente do Grupo Lafarge, Bruno Lafont. Na quinta, recebeu os presidentes da Vale, Murilo Ferreira, da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan.

De uma forma geral, os empresários demonstraram acreditar em uma maior recuperação da economia neste ano. Para o governo, é essencial crescer já no primeiro trimestre do ano, sinalizando a perspectiva econômica mais positiva para este início da segunda metade do mandato de Dilma, que deve enfrentar uma campanha para reeleição no ano que vem.

"Muita coisa já está sendo feita. A gente precisa colocar agora em prática, acho, apontar o direcionamento", disse a jornalistas Odebrecht.

Em 2012, apesar dos inúmeros incentivos dados pelo governo e de a Selic ter sido reduzida para a mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, a economia brasileira não decolou e deve ter expansão de cerca de 1 por cento. Entre as medidas tomadas pelo governo, estão a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da chamada linha branca e automóveis e a desoneração de folha de pagamento em diversos setores.

A crise internacional é um dos fatores apontados pela equipe econômica para o mau desempenho, que defende que a recuperação já está em curso. Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve ter crescimento de 3,5 por cento neste ano, segundo pesquisa da Reuters.


Além do desafio de fazer o país crescer, a presidente Dilma enfrentou ainda no início deste ano desconfiança em torno da garantia do abastecimento de energia, em meio aos menores níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país em dez anos.

Tanto na quinta quanto nesta sexta, os empresários afirmaram que é muito positivo ter uma relação estreita com a presidente. Dilma tem ouvido com frequência representantes de vários setores, e já fez pelo menos duas reuniões ampliadas com empresários.

Segundo assessores, a presidente ainda está definindo o formato das reuniões na próxima semana com ministros, muitos de férias até segunda-feira. Ela poderá intercalar encontros individuais com reuniões setoriais.

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