Economia

Depois de dois meses de queda, prévia da inflação sobe 0,51%

O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA e se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos


	Inflação: o IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA e se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos
 (REUTERS/Nacho Doce)

Inflação: o IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA e se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 10h02.

Rio de Janeiro - Depois de sinais de desaceleração, a inflação - medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) - voltou a acelerar ao fechar abril com alta de 0,51%, resultado 0,08 ponto percentual acima dos 0,43% de março.

Apesar da alta de março para abril, o resultado acumulado nos quatros primeiros do ano ficou em 3,32%, abaixo de 1,29 ponto percentual dos 4,61% registrados em igual período do ano anterior.

Os dados relativos ao IPCA-15, previa da inflação oficial do pais medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA e se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

Abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Inflação acumulada

A pesquisa indica que a inflação acumulada nos últimos 12 meses (9,34%) ficou também abaixo dos 9,95%  registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em abril de 2015, a taxa havia sido de1,07%. Segundo o levantamento do IBGE, alimentação e bebidas, com alta de 1,35%, e saúde e cuidados pessoais, com 1,32%, foram os grupos que apresentaram os maiores resultados em abril relativos ao IPCA-15.

No caso dos alimentos, a alta de 1,35% contribuiu com 0,34 ponto percentual na formação do índice do mês, respondendo por 67% dele. O item frutas (8,52%) deteve a maior contribuição individual (0,09 ponto percentual).

Além das frutas, outros produtos ficaram mais caros de um mês para o outro, sobretudo, o açaí (11,80%), cenoura (8,77%), leite (5,76%), hortaliças (5,02%), batata-inglesa (4,80%) e feijão-carioca (4,19%). Por outro lado, o tomate (-8,63%) e a cebola (-3,35%) ficaram mais baratos.

Já os remédios, 2,64% mais caros, se destacaram no grupo saúde e cuidados pessoais (1,32%), reflexo de parte do reajuste de 12,50% em vigor a partir de 1º primeiro de abril.

Plano de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,70%) e serviços laboratoriais e hospitalares (0,66%) são outros destaques no grupo.

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