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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.
No dia da festa de 24 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), o governo Lula exonerou e solicitou a abertura de um inquérito sobre um de seus integrantes, o subchefe de assuntos parlamentares do Ministério de Articulação Política, Waldomiro Diniz.
Antigo assessor direto do chefe da Casa Civil, José Dirceu, e atual colaborador do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, Diniz foi flagrado pedindo dinheiro para as campanhas eleitorais do PT - além de propina para ele mesmo - a um bicheiro do Rio de Janeiro, o também empresário Carlos Augusto Ramos. A denúncia foi publicada na edição da revista Época que circula nesta sexta-feira (13/2). O vídeo foi gravado em 2002, período em que Waldomiro presidia a Loteria do Estado do Rio, a Loterj, durante a gestão da ex-ministra da Assistência Social, Benedita da Silva, no governo estadual.
De acordo com a denúncia, Waldomiro teria negociado contribuições mensais de 150 mil reais para Benedita, então candidata ao governo do estado, e para Rosinha Matheus, eleita pelo PSB e, hoje, no PMDB. Ele ainda teria pedido 1% dos valores, a título de comissão pessoal.
À revista Época, Waldomiro admitiu, ainda, ter repassado parte do dinheiro arrecadado (100 mil de reais) ao comitê de campanha de Geraldo Magela, candidato do PT derrotado na briga pelo governo do Distrito Federal.
À tarde, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) apresentou requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias contra Diniz. Paes de Barros chegou a pedir o afastamento de José Dirceu durante as investigações. Segundo ele, a denúncia indica que o subchefe usou dinheiro ilícito para as campanhas políticas dos petistas Benedita da Silva e Geraldo Magela.