Economia

Demanda por transporte aéreo doméstico cresce 3% em setembro

No acumulado do ano, a expansão alcançou 5,4%. No trimestre houve elevação de 3,04% ante o mesmo período do ano passado


	 Voos domésticos: no acumulado do ano, a expansão alcançou 5,4%
 (Infraero/Divulgação)

Voos domésticos: no acumulado do ano, a expansão alcançou 5,4% (Infraero/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 12h00.

São Paulo - A procura por transporte aéreo doméstico no Brasil cresceu 3% em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço mensal da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne as empresas Avianca, TAM, Gol e Azul.

No acumulado do ano, a expansão alcançou 5,4%. No trimestre houve elevação de 3,04% ante o mesmo período do ano passado.

Entretanto, comparada a agosto a demanda de setembro caiu 3,75%. Os dados mostram que, em setembro, embarcaram 6,7 milhões de passageiros nas aeronaves das empresas associadas à Abear, 3,8% a mais do que em setembro de 2013.

No trimestre o número atingiu 20,5 milhões de pessoas, 2,9% a mais do que no terceiro trimestre do ano passado. No acumulado do ano, os embarcados totalizaram 59,1 milhões, o que representa um crescimento de 3,7% com relação a janeiro a setembro de 2013.

Segundo o balanço da Abear, a oferta das empresas teve em setembro seu primeiro crescimento desde janeiro de 2014, 1,3% ante agosto. Com relação a setembro do ano passado houve elevação de 78,67%.

Na avaliação do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, o clima favorável que perdurou por um longo período somado a ações de marketing das empresas, e a um público de lazer a bordo muito significativo no pós-Copa do Mundo, contribuíram para o aumento da demanda.

“A isso somamos também a disciplina de oferta com voos com boa ocupação. Mesmo assim destacamos que a economia andando de lado e o período eleitoral influenciam. E há áreas no país que começaram recentemente a ter desenvolvimento, o que se dá depois da decisão de investimento público”.

Para Sanovicz, os resultados de 2015 dependem de questões centrais e, de alguma forma, o setor sofre com decisões estratégicas no âmbito público. Uma delas é o preço do combustível dos aviões que tem variação de US$ 4,1 a US$ 5 o galão, enquanto em outros países esse valor fica em torno de US$ 3.

“Reafirmamos aos candidatos à Presidência da República a necessidade de revisão na fórmula de precificação do querosene de aviação no Brasil. [Esperamos] níveis [de preços] semelhantes ao do mercado internacional, além de tributação [correspondente] às alíquotas diferentes [dos estados]”.

Segundo o presidente da Abear, nenhum dos candidatos sinalizou compromisso prévio com o setor.

Ele disse ainda esperar a ampliação da infraestrutura aeroportuária e o fortalecimento do papel da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

“As demandas são importantes para cumprirmos a meta de [alcançarmos] 2 milhões de passageiros em 2020, anunciada pela Abear no ano passado. Essa pode ser nossa contribuição para a economia”.

Sanovicz observou ainda que o setor depende de decisões macroeconômicas em razão de sua exposição à variação do câmbio.

Os dados divulgados pela Abear apontam também que a demanda pelos voos internacionais cresceu 8,7% sobre setembro do ano passado quando a demanda havia crescido 1,8% sobre o mesmo período anterior.

No terceiro trimestre também foi registrado crescimento (8,3%) e no acumulado do ano de 4,4%. Porém, com relação a agosto houve queda de 4,76%.

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