Exame Logo

Déficit em conta corrente cai 23,39% no primeiro semestre

Brasil acumulou no primeiro semestre deste ano um déficit de US$ 38,282 bilhões em suas transações com o exterior

O resultado do semestre é compatível com as previsões do governo, que espera terminar o ano com um déficit de US$ 81 bilhões (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2015 às 16h20.

Rio de Janeiro - O Brasil acumulou no primeiro semestre deste ano um déficit de US$ 38,282 bilhões em suas transações com o exterior, 23,39% a menos que nos seis primeiros meses de 2014 (US$ 49,972 bilhões), informou o Banco Central nesta quarta-feira.

O organismo atribuiu a notável melhora no balanço de conta corrente à atual contração da economia brasileira , que reduziu a demanda por produtos e serviços externos, e à desvalorização do real em relação ao dólar, que diminuiu significativamente os gastos dos turistas brasileiros no exterior.

"A atividade econômica está frágil e a taxa de câmbio desvalorizada", explicou Fernando Rocha, chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, em entrevista coletiva.

O resultado do semestre é compatível com as previsões do governo, que espera terminar o ano com um déficit de US$ 81 bilhões, significativamente inferior ao de 2014, quando o saldo em vermelho foi recorde, de US$ 104,74 bilhões.

Essa redução foi influenciada pela forte desvalorização do real, que encareceu as importações e barateou as exportações, e à menor demanda provocada pela própria contração da economia.

Contribuiu para a queda do déficit em conta corrente no semestre o resultado de junho, quando o envio de recursos para fora do país foi apenas US$ 2,547 bilhões maior que a entrada, praticamente a metade do saldo negativo de junho do ano passado (US$ 5,11 bilhões).

Além da queda do déficit nas contas com o exterior, o Brasil conseguiu financiar grande parte desse saldo negativo com o investimento estrangeiro direto, que em junho foi de US$ 5,397 bilhões e no semestre acumulou US$ 30,918 bilhões.

"O investimento estrangeiro direto financiou totalmente o déficit em conta corrente em junho e quase 81% do déficit do primeiro semestre. Esse investimento se confirmou como a principal fonte de financiamento das transações correntes do Brasil", disse Rocha.

Entre os fatores que ajudaram o país a reduzir o déficit também se destacou a redução dos gastos dos turistas brasileiros no exterior. Com a desvalorização do real as viagens internacionais ficaram bem mais caras.

Os gastos dos turistas brasileiros no exterior caíram 20,1%, de US$ 12,443 bilhões nos seis primeiros meses do ano passado para US$ 9,94 bilhões no primeiro semestre deste ano. Os gastos de turistas brasileiros no exterior bateram recorde ano passado, e chegaram a US$ 25,6 bilhões.

O dólar subiu 19,3% em relação ao real no primeiro semestre de 2015, o que encareceu o preço das passagens internacionais, da hospedagem e da alimentação no exterior.

Veja também

Rio de Janeiro - O Brasil acumulou no primeiro semestre deste ano um déficit de US$ 38,282 bilhões em suas transações com o exterior, 23,39% a menos que nos seis primeiros meses de 2014 (US$ 49,972 bilhões), informou o Banco Central nesta quarta-feira.

O organismo atribuiu a notável melhora no balanço de conta corrente à atual contração da economia brasileira , que reduziu a demanda por produtos e serviços externos, e à desvalorização do real em relação ao dólar, que diminuiu significativamente os gastos dos turistas brasileiros no exterior.

"A atividade econômica está frágil e a taxa de câmbio desvalorizada", explicou Fernando Rocha, chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, em entrevista coletiva.

O resultado do semestre é compatível com as previsões do governo, que espera terminar o ano com um déficit de US$ 81 bilhões, significativamente inferior ao de 2014, quando o saldo em vermelho foi recorde, de US$ 104,74 bilhões.

Essa redução foi influenciada pela forte desvalorização do real, que encareceu as importações e barateou as exportações, e à menor demanda provocada pela própria contração da economia.

Contribuiu para a queda do déficit em conta corrente no semestre o resultado de junho, quando o envio de recursos para fora do país foi apenas US$ 2,547 bilhões maior que a entrada, praticamente a metade do saldo negativo de junho do ano passado (US$ 5,11 bilhões).

Além da queda do déficit nas contas com o exterior, o Brasil conseguiu financiar grande parte desse saldo negativo com o investimento estrangeiro direto, que em junho foi de US$ 5,397 bilhões e no semestre acumulou US$ 30,918 bilhões.

"O investimento estrangeiro direto financiou totalmente o déficit em conta corrente em junho e quase 81% do déficit do primeiro semestre. Esse investimento se confirmou como a principal fonte de financiamento das transações correntes do Brasil", disse Rocha.

Entre os fatores que ajudaram o país a reduzir o déficit também se destacou a redução dos gastos dos turistas brasileiros no exterior. Com a desvalorização do real as viagens internacionais ficaram bem mais caras.

Os gastos dos turistas brasileiros no exterior caíram 20,1%, de US$ 12,443 bilhões nos seis primeiros meses do ano passado para US$ 9,94 bilhões no primeiro semestre deste ano. Os gastos de turistas brasileiros no exterior bateram recorde ano passado, e chegaram a US$ 25,6 bilhões.

O dólar subiu 19,3% em relação ao real no primeiro semestre de 2015, o que encareceu o preço das passagens internacionais, da hospedagem e da alimentação no exterior.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCrise econômicaDéficit comercialeconomia-brasileiraGovernoMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame