Defesa, Cidadania, Comunicações e Educação terão alta nas despesas em 2021
Já as pastas da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional, além do Ministério do Meio Ambiente, terão queda nos gastos totais no ano que vem
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de agosto de 2020 às 17h23.
Última atualização em 31 de agosto de 2020 às 17h28.
Os ministérios das Comunicações, da Defesa, da Cidadania e da Educação terão um reforço em seu Orçamento em 2021, segundo a proposta enviada nesta segunda-feira, 31, pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional.
Já as pastas da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional terão queda nos gastos totais, embora suas despesas discricionárias devam subir no ano que vem. O Ministério do Meio Ambiente também terá corte no Orçamento.
O Ministério da Defesa terá R$ 1,5 bilhão a mais do que no Orçamento aprovado para 2020. Os gastos da pasta devem somar R$ 116,127 bilhões no ano que vem.
Nas Comunicações, pasta recriada este ano por Bolsonaro, o gasto previsto para 2021 é de R$ 4,053 bilhões - R$ 2,681 bilhões a mais do que o autorizado neste ano.
Na Educação, a despesa total será de R$ 144,538 bilhões, contra R$ 142,107 bilhões previstos este ano.
Já o Ministério do Desenvolvimento Regional terá corte nas despesas totais, de R$ 33,217 bilhões previstos em 2020 para R$ 24,171 bilhões no ano que vem. Apesar disso, as despesas discricionárias, que incluem os investimentos, subiram de R$ 4 409 bilhões para R$ 6,250 bilhões.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, é um dos principais defensores do Plano Pró-Brasil de investimentos públicos, sob a justificativa de impulsionar a retomada da economia no pós-pandemia.
O mesmo movimento é observado na Infraestrutura, que teve redução na despesa total de R$ 28,44 bilhões em 2020 para R$ 24 660 bilhões em 2021, mas com aumento nas discricionárias de R$ 7 036 bilhões para R$ 8,176 bilhões.
O Ministério do Meio Ambiente deve ter um corte de R$ 3,085 bilhões no Orçamento autorizado para este ano para R$ 2,944 bilhões da proposta de 2021.
Os gastos discricionários totais ficarão em R$ 92,052 bilhões, o equivalente a apenas 6,3% do Orçamento de 2021.
Cidadania
Em meio às discussões para lançar o programa Renda Brasil,que substituirá o Bolsa Família e será a marca social do governo Jair Bolsonaro, o Ministério da Cidadania ganhou um reforço de R$ 7,836 bilhões em seu Orçamento para 2021. A proposta foi apresentada nesta segunda-feira pelo Ministério da Economia.
A Cidadania é hoje a pasta responsável pelo Bolsa Família. O documento, porém, não traz detalhes de quais ações serão contempladas pelo aumento da dotação orçamentária.
O Orçamento da Cidadania neste ano (sem contabilizar o gasto extraordinário do auxílio emergencial) é de R$ 96,446 bilhões, valor que passou a R$ 104,282 bilhões em 2021, segundo o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA).