Economia

De 8 lotes ofertados pela Aneel, 6 tiveram propostas

A Abengoa foi a vencedora do lote B no leilão


	Torres de transmissão de energia elétrica: a Alupar foi a vencedora do lote C, ao oferecer uma receita anual permitida de R$ 28,865 milhões
 (Getty Images)

Torres de transmissão de energia elétrica: a Alupar foi a vencedora do lote C, ao oferecer uma receita anual permitida de R$ 28,865 milhões (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 14h01.

São Paulo - A Abengoa foi a vencedora do lote B no leilão de transmissão desta sexta-feira realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 92,531 milhões, deságio de 9,42% ante a RAP máxima permitida de R$ 102.161.430,00, após disputa viva-voz com a Eletronorte.

Quatro empresas se inscreveram para levar o lote - Abengoa, Eletronorte, Alupar, e Elecnor -, mas apenas as duas primeiras apresentaram proposta.

As ofertas foram: Abengoa de R$ 96,031 milhões, com 6% de deságio, e Eletronorte de R$ 100,161 milhões, com deságio de 1,95%, e a disputa foi para o viva-voz.

O lote B, denominado "Travessia do Amazonas", é composto de duas linhas de transmissão que somam 480 quilômetros de extensão e quatro subestações, localizadas entre os estados do Pará e Amapá.

Conforme a Aneel, alguns dos municípios que serão atendidos pelo empreendimento atualmente, como Almeirim, Juriti e Parintins estão no sistema isolado e são atendidos por geração local a diesel.

As linhas conectarão Juriti e Parintins ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e permitirão a conexão, via distribuidora, de outros municípios da região. As obras devem durar até 42 meses.

Lote C

A Alupar foi a vencedora do lote C, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 28,865 milhões, deságio de 4,99% ante a RAP máxima permitida de R$ 30.383.460,00. Abengoa e CPFL Geração também se inscreveram para a disputa, mas não apresentaram proposta.

O lote C é composto de uma linha de transmissão de 40 quilômetros de extensão e duas subestações, localizados em São Paulo.

Conforme a Aneel, o objetivo do empreendimento é atender o aumento da carga no litoral paulista, atendendo os municípios de Cubatão, Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande. O prazo das obras é de 36 meses.

Lote D

A espanhola Cymi Holding venceu o lote D, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 45,569 milhões, deságio de 36,09% ante a RAP máxima permitida de R$ 71.312.950,00.

Além dela, também apresentaram proposta pelo empreendimento a Taesa, empresa que tem a Cemig como uma de suas principais acionistas, com oferta de deságio de 9,14%, e Alupar, em oferta sem deságio.

As também espanholas Abengoa e Elecnor se inscreveram para disputar o lote, mas não apresentaram proposta.

O lote D é composto por duas linhas de transmissão de 301 quilômetros de extensão e duas subestações, na Bahia.

Conforme a Aneel, o objetivo do empreendimento é aumentar a capacidade e a confiabilidade do sistema de transmissão para atender ao escoamento do potencial eólico Juazeiro da Bahia II, previsto na região central do Estado.

Lote E

Após levar o lote D, a Cymi Holding também conquistou o lote E, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 48,835 milhões, deságio de 23,24% ante a RAP máxima permitida de R$ 63.628.190,00.

Desta forma, venceu a disputa com a Alupar, que apresentou proposta sem deságio. Abengoa, Elecnor e Lintran do Brasil Participações, além do consórcio Riacho Verde, também estavam habilitados para o lote, mas não apresentaram proposta.

O lote E é composto de quatro linhas de transmissão que somam de 492 quilômetros de extensão, localizadas nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Segundo a Aneel, o empreendimento servirá para escoar principalmente a energia eólica dos parques vencedores do leilão A-5 de 2011, que permitirá suprir a demanda projetada das distribuidoras para 2016. O prazo das obras é de 36 meses.

Lote F

O consórcio Cantareira, formado pela Copel (49%) e Elecnor (51%) conquistou o lote F, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 76,935 milhões praticamente sem deságio em relação à RAP máxima permitida de R$ 76.938.570,00. Abengoa, Alupar, Lintran e Cymi Holding também estavam habilitadas para disputar o lote, mas não apresentaram proposta.

O lote F é composto de uma linha de transmissão de 656 quilômetros de extensão, que passará pelos Estados de Minas Gerais e São Paulo.

Segundo a Aneel, o objetivo do empreendimento é reforçar o atendimento elétrico na região Sudeste, associado ao escoamento da energia da usina de Belo Monte. O prazo das obras é de 42 meses.

Lote G

A Abengoa conquistou o lote G ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 36,499 milhões, deságio de 1% ante a RAP máxima permitida de R$ 36.867.820,00.

Além dela, outros cinco grupos também estavam habilitados para disputar o lote, mas não apresentaram proposta: Alupar, Cymi Holding, Elecnor, Lintran e Consórcio Santa Rosa, cuja formação não foi divulgada.

O lote G é composto de duas linhas de transmissão que somam 195 quilômetros de extensão e duas subestações, localizados no Pará.

Conforme a Aneel, o empreendimento representará um reforço estrutural, para atender a carga local e permitir o crescimento industrial previsto para a região sudeste do Pará. O prazo das obras é de 36 meses.

Lote H

Não houve propostas pelo lote H do leilão de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), embora houvesse cinco empresas habilitadas: Abengoa, Alupar, Eletronorte, Elecnor e Empresa Norte de Transmissão de Energia.

A receita anual permitida (RAP) do empreendimento foi estabelecida em R$ 33.591.630,00 pelo edital. O lote H é composto de três linhas de transmissão com 148 quilômetros de extensão e uma subestação, localizados no Pará. O Lote A também não teve interessados.

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