Nova York: não há sinais até agora de que a epidemia tenha afetado o mercado de trabalho, (Copyright Artem Vorobiev/Getty Images)
Reuters
Publicado em 6 de março de 2020 às 07h57.
Última atualização em 6 de março de 2020 às 08h07.
São Paulo — A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos provavelmente desacelerou em fevereiro, mas o ritmo deve ter se mantido consistente com um mercado de trabalho saudável apesar do surto de coronavírus.
Embora o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho a ser divulgado nesta sexta-feira não vá capturar totalmente o impacto do coronavírus, que começou a se espalhar nos EUA no final de fevereiro, não há sinais até agora de que a epidemia tenha afetado o mercado de trabalho,
Na terça-feira, o Federal Reserve reduziu sua taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para a meta de 1,00% a 1,25%, no primeiro corte emergencial de juros pelo banco central norte-americano desde 2008, no ápice da crise financeira.
"O mercado de trabalho é a barreira de proteção para a economia", disse Ryan Sweet, economista sênior da Moody's Analytics. "Se vamos passar por isso e evitar uma recessão, o mercado de trabalho não pode mostrar qualquer rachadura significativa. Até agora os sinais são encorajadoras."
Segundo pesquisa da Reuters com economistas, a pesquisa deve mostrar criação de 175 mil postos de trabalho em fevereiro. Embora isso mostre desaceleração ante a marca de 225 mil em janeiro, a criação esperada vai igualar a média mensal em 2019.
A economia precisa criar cerca de 100 mil vagas por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.