Economia

Dados comerciais da Alemanha sugerem retomada da economia

As importações e as exportações alemãs subiram ligeiramente em março após caírem no mês anterior

Carros para exportação são vistos em pátio de porto na Alemanha (REUTERS/Fabian Bimmer)

Carros para exportação são vistos em pátio de porto na Alemanha (REUTERS/Fabian Bimmer)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 07h41.

Berlim - As importações e as exportações alemãs subiram ligeiramente em março após caírem no mês anterior, em mais um sinal de que a maior economia da Europa está lentamente deixando para trás uma contração no final de 2012 apesar da fraqueza em seus vizinhos da zona do euro.

Dados da Agência Federal de Estatísticas nesta sexta-feira mostraram que as exportações subiram 0,5 por cento ante fevereiro, em linha com as expectativas, enquanto as importações cresceram 0,8 por cento, menos do que a expectativa de aumento de 1,5 por cento em pesquisa da Reuters.

"Essa é uma recuperação modesta da forte queda de fevereiro. No geral, os exportadores estão se segurando muito bem, o que é um tanto surpreendente devido aos problemas na zona do euro e à fase de fraqueza na economia mundial", disse o economista sênior do Berenberg Bank Christian Schulz.

As exportações são tradicionalmente o pilar da economia alemã, mas o comércio exterior deve pesar sobre o crescimento neste ano devido à fraqueza na zona d euro, para onde a Alemanha envia 40 por cento de seus embarques.

Os detalhes dos dados não ajustados sazonalmente mostram que as exportações para a zona do euro caíram 7 por cento em março ante o mesmo período do ano passado, enquanto as exportações para países de fora da Europa recuaram 2,6 por cento.

Economistas alertaram que o cenário para as exportações não é brilhante e disseram que a Alemanha terá que contar mais com os gastos do consumidor, em meio a um robusto mercado de trabalho e altas salariais, para dar suporte ao crescimento neste ano.

A economia alemã cresceu durante os primeiros anos da crise da zona do euro, mas perdeu força no ano passado, com a fraqueza no comércio exterior e uma falta de investimentos levando a uma contração de 0,6 por cento no quarto trimestre.

O superávit comercial ajustado sazonalmente caiu ligeiramente para 17,6 bilhões de euros ante 17,7 bilhões em fevereiro. A expectativa era de 16,5 bilhões de euros.

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