Economia

Crise na Nicarágua afetou projetos e desembolsos do BID

Banco Interamericano de Desenvolvimento acompanha eventos no país, que afetaram sua gestão e levaram à retirada de pessoal do escritório de Manágua

Nicarágua: direção do BID pode suspender desembolsos a país mutuário (Jorge Cabrera/Reuters)

Nicarágua: direção do BID pode suspender desembolsos a país mutuário (Jorge Cabrera/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 17h57.

Os protestos contra o governo que abalam a Nicarágua desde abril, e cuja violenta repressão gerou críticas internacionais, afetaram o trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no país, mas sua direção ainda não considerou suspender os desembolsos dos empréstimos, anunciou o organismo nesta terça-feira (7).

O BID acompanha "de perto" os eventos na Nicarágua, que afetaram sua gestão no terreno e levaram à retirada de pessoal não essencial do escritório de Manágua por razões de segurança, disse um porta-voz à AFP.

"A crise afetou a preparação e execução de projetos e desembolsos de empréstimos do BID no país. Nossa carteira ativa de empréstimos para investimento na Nicarágua tem um saldo a desembolsar de 624 milhões de dólares", explicou.

A direção do BID, onde estão representados os 48 Estados-membros, pode suspender os desembolsos a um país mutuário, como a Nicarágua, mas não o fez.

"Até a presente data, essa alternativa não foi discutida por nossa direção", diz o porta-voz.

"Continuamos atentos a deliberações sobre a Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA) e apoiamos os chamados da comunidade internacional por uma resolução pacífica do conflito político neste país membro do BID", acrescentou.

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