Economia

Crise econômica internacional é tema das reuniões de Dilma hoje em Bruxelas

Para a presidente, é fundamental que os governos evitem a adoção de medidas que levem à estagnação e ao desemprego em nível mundial

Segundo Dilma, uma das experiências negativas vividas pelo Brasil foi nos anos 1980 e 1990, quando foram adotadas ações que frearam o crescimento do país (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Segundo Dilma, uma das experiências negativas vividas pelo Brasil foi nos anos 1980 e 1990, quando foram adotadas ações que frearam o crescimento do país (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 17h54.

Bruxelas – Ao participar hoje (4) da 5ª Cúpula Brasil-União Europeia, na Bélgica, a presidente Dilma Rousseff destacará sua preocupação com os efeitos da crise econômica internacional. Para ela, é fundamental que os governos evitem a adoção de medidas que levem à estagnação e ao desemprego. Segundo a presidente, uma das experiências negativas vividas pelo Brasil foi nos anos 1980 e 1990, quando foram adotadas ações que frearam o crescimento do país.

Ontem (3), ao lado do primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, Dilma sugeriu cautela aos países que vivem de forma mais intensa a crise econômica. Segundo ela, medidas severas podem levar à recessão e ameaçam a estabilidade social.

De acordo com assessores, a presidente estuda a possibilidade de apresentar como alternativa uma parceria estratégica aos europeus para atenuar os danos causados pela crise na zona do euro. Dilma também prestende ressaltar que o Brasil se dispõe a colaborar com os europeus no que for necessário.

No entanto, os brasileiros esperam que os europeus abram seu mercado no que refere, por exemplo, ao setor de serviços. Mas há restrições entre eles, que temem a competição com os brasileiros. A presidente deverá lembrar que uma das soluções a serem analisadas por todos é o desenvolvimento sustentável.

O desenvolvimento sustentável é o principal tema da Conferência Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 28 de maio a 6 de junho de 2012. Será a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde.

Paralelamente, Dilma lembrará dos temas que interessam às negociações envolvendo o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União Europeia. Há articulações para que seja fechado um acordo de livre comércio em 2012. Segundo especialistas, com o acordo as possibilidades serão multiplicadas na geração de intercâmbio e até de empregos.

No entanto, como ocorre em outros setores, os europeus temem a competição com a carne produzida no Mercosul. Também há negociações envolvendo a indústria manufatureira. Em 2004, as negociações para o livre comércio entre os dois blocos foram interrompidas e retomadas este ano.

Em Bruxelas, a presidente almoça com o rei Alberto II, da Bélgica, no Castelo Real de Laeken. O castelo é a princpal residência da família real belga e o local é conhecido por ter um dos mais belos jardins da Europa. A construção é do século 18.

De Bruxelas, capital belga, Dilma segue para a Bulgária, onde vai conhecer parte de sua família paterna. Pedro Rousseff, pai da presidente, deixou o país nos anos 1930. Dilma nunca esteve no país mas, para os búlgaros, é considerada um deles pois é descendente direta. Depois, na última escala da viagem, a presidente vai à Turquia.

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