Credit Suisse melhora previsões para PIB brasileiro
Agora, as novas projeções são de retração de 3,8% neste ano e crescimento de 0,5% no ano que vem
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 17h35.
São Paulo - Após o Senado votar pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o banco Credit Suisse melhorou a previsão para a economia em 2016 e 2017, em nota enviada a clientes nesta quinta-feira, 12.
Agora, as novas projeções são de retração de 3,8% neste ano e crescimento de 0,5% no ano que vem. Antes, as estimativas eram, respectivamente, de queda de 4,2% e recuo de 1%.
"O nosso cenário para o quadro político embute uma atuação conjunta dos três poderes. Assumimos que, antes de encaminhar os projetos de lei e as propostas de emenda à Constituição para o Congresso, o presidente (interino) Michel Temer adotará um rito de apresentação dessas medidas para os presidentes do Senado e da Câmara de Deputados e, em seguida, para os líderes dos partidos políticos da base do governo", diz a nota.
Para os analistas do banco, a articulação política será determinante para reversão da recessão.
Eles afirmam que a mudança do cenário adverso requer aprovação de medidas no Congresso nas áreas da Previdência Social, do mercado de trabalho e do sistema tributário, atuações para elevar a produtividade da economia e ações emergenciais para reduzir o déficit primário no curto prazo, englobando corte de gastos, redução das renúncias tributárias e alta de tributos.
Com o novo governo, o Credit Suisse espera que a taxa média de desemprego medida pela Pnad fique em 11,3% em 2016 e em 12,3% em 2017.
Ao contrário do que aposta a maioria das consultorias e instituições financeiras, o banco suíço acredita que a Selic termina este ano no mesmo nível atual, a 14,25%. A inflação medida pelo IPCA deve ficar em 7,5% em 2016 e em 6% em 2017.
A previsão para a taxa de câmbio no fim deste ano, que era de R$ 4,30, caiu para R$ 3,60.
"Revisamos nossa projeção de taxa de câmbio em função de perspectivas mais favoráveis para a economia no médio prazo, decorrentes da expectativa de aprovação de reformas relevantes para o ajuste fiscal, o que tende a aumentar o influxo de investimento estrangeiro", explicam os analistas.
Para 2017, no entanto, a tendência é depreciação da moeda, a R$ 4,00 no fim do ano.
"Nossa expectativa de depreciação cambial em 2017 está associada à expectativa de retomada do ciclo de aperto monetário nos EUA. Nosso cenário assume reversão total do estoque de swaps cambiais, ainda superior a US$ 60 bilhões (11 de maio)", afirmam.
São Paulo - Após o Senado votar pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o banco Credit Suisse melhorou a previsão para a economia em 2016 e 2017, em nota enviada a clientes nesta quinta-feira, 12.
Agora, as novas projeções são de retração de 3,8% neste ano e crescimento de 0,5% no ano que vem. Antes, as estimativas eram, respectivamente, de queda de 4,2% e recuo de 1%.
"O nosso cenário para o quadro político embute uma atuação conjunta dos três poderes. Assumimos que, antes de encaminhar os projetos de lei e as propostas de emenda à Constituição para o Congresso, o presidente (interino) Michel Temer adotará um rito de apresentação dessas medidas para os presidentes do Senado e da Câmara de Deputados e, em seguida, para os líderes dos partidos políticos da base do governo", diz a nota.
Para os analistas do banco, a articulação política será determinante para reversão da recessão.
Eles afirmam que a mudança do cenário adverso requer aprovação de medidas no Congresso nas áreas da Previdência Social, do mercado de trabalho e do sistema tributário, atuações para elevar a produtividade da economia e ações emergenciais para reduzir o déficit primário no curto prazo, englobando corte de gastos, redução das renúncias tributárias e alta de tributos.
Com o novo governo, o Credit Suisse espera que a taxa média de desemprego medida pela Pnad fique em 11,3% em 2016 e em 12,3% em 2017.
Ao contrário do que aposta a maioria das consultorias e instituições financeiras, o banco suíço acredita que a Selic termina este ano no mesmo nível atual, a 14,25%. A inflação medida pelo IPCA deve ficar em 7,5% em 2016 e em 6% em 2017.
A previsão para a taxa de câmbio no fim deste ano, que era de R$ 4,30, caiu para R$ 3,60.
"Revisamos nossa projeção de taxa de câmbio em função de perspectivas mais favoráveis para a economia no médio prazo, decorrentes da expectativa de aprovação de reformas relevantes para o ajuste fiscal, o que tende a aumentar o influxo de investimento estrangeiro", explicam os analistas.
Para 2017, no entanto, a tendência é depreciação da moeda, a R$ 4,00 no fim do ano.
"Nossa expectativa de depreciação cambial em 2017 está associada à expectativa de retomada do ciclo de aperto monetário nos EUA. Nosso cenário assume reversão total do estoque de swaps cambiais, ainda superior a US$ 60 bilhões (11 de maio)", afirmam.